A educação infantil é uma fase muito importante do aprendizado escolar, principalmente no que diz respeito à formação da personalidade e das características da criança — afinal, é nesse período que acontece um intenso processo de desenvolvimento.
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O trabalho da família unido aos esforços escolares colabora para o incentivo de curiosidade, solidariedade, respeito, responsabilidade, confiança, dentre outros valores importantes.
No Brasil, temos a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que estabelece direitos das crianças durante seu processo de aprendizagem, como conviver, brincar, explorar, participar, expressar-se e conhecer-se. A organização de currículos pelas escolas também deve ser norteada por importantes preceitos, como a presença de interações e brincadeiras.
Além disso, segundo a BNCC, os alunos devem ser vistos e tratados como protagonistas de sua aprendizagem, enquanto são guiados por práticas pedagógicas responsáveis. Seguindo esse ideal, existem alguns princípios que são considerados indispensáveis para que a educação infantil aconteça da maneira correta e de acordo com os preceitos estabelecidos nacionalmente.
Quando se trata de crianças, é importante analisar até que ponto elas realmente precisam de auxílio. Respeitar seu espaço é entender que, por vezes, elas precisam tentar e errar diversas vezes para adquirir autonomia a partir de um aprendizado alcançado com seu próprio esforço e persistência. Crianças que são incentivadas nesse sentido desenvolvem autoconfiança e conseguem superar obstáculos respeitando seu próprio tempo. Esse modo de pensar pode ser aplicado em diferentes momentos e áreas da vida, desde aprender a andar até as primeiras continhas matemáticas.
A formação do vínculo entre pessoas pode ocorrer de inúmeras formas, sendo o contato físico uma das principais. No contexto escolar, educadores devem procurar estabelecer um vínculo de confiança com os alunos. Quando os professores prestam auxílio às crianças, trocando uma fralda ou escovando os dentes, por exemplo, é preciso que eles estejam presentes de verdade — esses momentos não podem ser simplesmente mecânicos.
À medida que os educadores conseguem estabelecer um vínculo com as crianças, eles passam a ter mais influência sobre sua autoestima. Com o passar do tempo, elas irão aprender a cuidar de si mesmas; e é de extrema importância que, mais uma vez, as tentativas sejam incentivadas — entendendo que cada pessoa tem seu próprio tempo.
Quando, de alguma forma, os pais e educadores assumem o controle da situação por uma eventual falha da criança, eles estão passando uma mensagem de que elas não são capazes de concluir aquela tarefa sozinhas. Essa atitude pode gerar uma insegurança que, se não observada e cuidada, pode afetar diretamente o desenvolvimento da personalidade e do caráter.
Como estabelecem as Diretrizes Curriculares para a Educação Infantil (DCNEI) e também o BNCC, o cuidado e a educação não estão separados: são duas faces da mesma moeda. Educadores que cuidam das crianças criam ambientes mais propícios para a aprendizagem e transmitem mensagens importantes para elas.
Quando o educador fala para a criança sentar-se à mesa com seus colegas para a refeição, ele está educando com uma atitude de cuidado. Dentro desse ato, aparentemente simples, a criança pode aprender sobre rotina, socialização, a importância de respeitar as refeições e autocuidado.
Todos têm seu próprio ritmo, e essa é uma máxima que, evidentemente, inclui os mais jovens. Crianças da mesma idade apresentam velocidades de aprendizado distintas. Seguindo esse mesmo raciocínio, é preciso ter cuidado com o uso generalizado de ferramentas de ensino que possuem uma faixa etária pré-estabelecida. Apesar de ser um parâmetro relevante, a idade nem sempre irá definir o desenvolvimento da criança.
O professor precisa, por muitas vezes, dirigir as atividades em sala de aula de maneira mais ativa. Contudo, é imprescindível que haja espaço para que as crianças reajam aos estímulos, opinem e se manifestem. É recomendado, inclusive, que uma posição mais ativa e outra mais observadora estejam presentes de modo alternado nas dinâmicas escolares. Essa técnica não só deixa as crianças livres para explorarem o espaço e as interações sociais, como também permite que os educadores observem seus alunos e os conheçam melhor para ensinar de uma maneira mais eficiente.
A sala de aula tem sua importância em termos de organização e rotina, mas é essencial que as crianças possam aproveitar o processo de aprendizado em ambientes diferentes. Além disso, recomenda-se que os professores não imponham todas as atividades; em vez disso, deem liberdade aos seus alunos para participar das decisões.
A organização do tempo tem uma relevância muito grande durante esse processo de formação na fase infantil. Por esse motivo, ela não pode ser esquecida no ambiente escolar. Com isso, as crianças podem aprender lições sobre rotina e disciplina, além de se sentirem mais seguras. Quando não há uma rotina estabelecida e as atividades mudam constantemente sem nenhum controle, elas perdem a noção do que acontecerá em seguida, gerando ansiedade e agitação.
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