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Falar de psicologia quase sempre remete aos problemas que as pessoas enfrentam em suas mentes. A área se concentra fortemente no combate a males como ansiedade, depressão, transtornos de atenção e diversas outras condições que assolam grande parte da população de uma forma ou de outra. Só que esse não foi sempre o foco de atuação dos psicólogos. Acredita?
A psicologia positiva é um conceito que vem sendo estudado desde os anos 1990, principalmente pelo professor e autor estadunidense Martin Seligman, então presidente da Associação Americana de Psicologia. Em suas obras, ele afirma que a psicologia até o início do século XX tinha como preceito estimular o bem-estar, além de curar as doenças da mente. Após a Segunda Guerra Mundial, porém, a última questão se tornou prioridade nos Estados Unidos e na Europa, o que mudou o rumo da área como um todo no mundo.
Então, Seligman deu voz à psicologia positiva para trazer de volta os estudos e esforços dos profissionais para o que é possível fazer para tornar a vida das pessoas melhor, não apenas trabalhando no que pode ter “dado errado”, mas principalmente no que pode dar certo. A essência dessa prática é construir mais, em vez de apenas consertar.
A abordagem de Seligman não é contrária às condutas tradicionais nem à psicologia que atua no tratamento de doenças e transtornos da mente. Ele ressalta em seus livros que a ciência que está implementando é uma colaboração com os métodos já existentes, não uma alternativa. Além do mais, pesquisas inovadoras como essas ajudam na descoberta de doenças e intervenções.
O ponto principal sobre a psicologia positiva é que ela não é uma “versão gourmet” de autoajuda ou de simples pensamentos otimistas. É uma ciência e, portanto, envolve estudos, teorias e práticas. Depois de Seligman, inúmeros profissionais em todo o planeta se envolveram com o campo para desenvolver soluções que podem ser aplicadas a pacientes reais.
Em entrevista para a Exame, o empresário e palestrante Claudemir Oliveira afirma que “(…) a felicidade é uma busca, a pessoa precisa trabalhar para conquistá-la. Em resumo, a psicologia tradicional trouxe o cliente do ponto A (depressão) para o ponto B (não depressão). A psicologia positiva quer levar esse cliente ao ponto C (felicidade)”.
Algumas das ideias nas quais a psicologia positiva se sustenta são:
Martin Seligman propagou, entre outros conhecimentos, o modelo PERMA para alcance do bem-estar: Positive emotion (emoções positivas); Engagement (engajamento); Relationships (relacionamentos); Meaning (significado); e Accomplishments (realizações).
Todos esses elementos contribuem na busca da felicidade, mas agem de forma independente, o que torna possível que eles sejam trabalhados separadamente. Vamos entendê-los melhor?
Esse é um dos fundamentos mais óbvios da psicologia positiva e provavelmente no que você pensou ao abrir este artigo: otimismo. O pensamento otimista pode ser treinado e é muito benéfico ver o lado bom das coisas em vez de focar no ruim.
Sabe quando você está fazendo algo e o tempo parece passar voando? Isso acontece porque você está engajado naquela atividade. Cada pessoa encontra prazer em diferentes ocupações, então encontre a sua e dedique algum tempo a ela frequentemente.
Ainda que encontrar a própria felicidade seja uma tarefa individual, somos seres sociais e precisamos construir relações. Isso não quer dizer que você precise ter centenas de amigos, mas sim que o isolamento dificilmente funcionará.
Para algumas pessoas, encontrar significado na vida é o mesmo que praticar alguma religião, acumular sabedoria ou ser bem-sucedido em uma carreira. Se você ainda não descobriu o seu, não se preocupe; lembre-se que os elementos são independentes.
Por fim, é importante ressaltar que há muitas realizações na vida que não apenas as que consideramos “maiores”. Cada conquista resulta em felicidade, seja do tamanho que for!
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