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Resgate e cuidado de animais, educação e desenvolvimento infantil, garantia de direitos de minorias e proteção ambiental são algumas das causas em prol das quais as mais de 820 mil Organizações da Sociedade Civil (OSC) atuam no Brasil. Esse número é informado pela publicação Perfil das Organizações da Sociedade Civil no Brasil 2018, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Identificadas com a causa defendida pela organização, muitas pessoas querem atuar no Terceiro Setor. Mas o que é, exatamente, esse segmento? Enquanto o Primeiro Setor é formado pelos órgãos vinculados ao poder público e o Segundo, por empresas com fins lucrativos, o Terceiro Setor é composto por instituições privadas que atuam sem fins lucrativos ou de interesse público.
Essas organizações trabalham nos mais diferentes segmentos e preenchem lacunas na atuação do poder público. Voluntário ou contratado via Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT), o profissional precisa ser comprometido para atuar nelas, pois apenas ter vontade de ajudar não é mais suficiente.
Com o passar dos anos, a gestão e a mão de obra das OSC se profissionalizaram, exigindo colaboradores mais capacitados. Esse processo gerou mais confiança por parte dos mantenedores, sejam pessoas jurídicas, sejam pessoas físicas. Por isso, listamos cinco profissões que podem fazer a diferença para o trabalho de organizações sem fins lucrativos.
1. Administração
Como qualquer empresa, OSC precisam ter administradores em seus times para lidar com análise de dados, identificação de problemas e definição de planos de ação. Como o setor é mantido com doações de empresas e de pessoas físicas, a gestão financeira demanda cuidado e exige estratégias para manter os financiadores.
2. Contabilidade
Essas entidades, segundo o art. 150 da Constituição Federal de 1988, têm imunidade tributária; ou seja, o Estado não pode instituir impostos sobre elas. Além disso, são isentas, por exemplo, de pagar contribuições sociais (art.195). Porém, para ter acesso a esses benefícios, todas as informações necessárias devem ser registradas de forma clara e consistente e divulgadas. É nesse processo que entra o contador. Essa transparência também permite mostrar aos doadores em que os recursos foram aplicados, além de demonstrar a importância das OSC.
3. Direito
Em associações, fundações, entidades religiosas e outras instituições do Terceiro Setor, o advogado tem diversas possibilidades de atuação. Ele pode aplicar, por exemplo, o Direito Consultivo, buscando boas fontes de custeio e de subsídios e acompanhando negociações. Esse profissional também pode atuar nas áreas contratual, trabalhista, civil, registrária, empresarial, entre outras.
4. Comunicação
Por meio da comunicação, entidades sem fins lucrativos podem ganhar a confiança de pessoas físicas e jurídicas a ponto de receberem doações regulares. Por melhor que um projeto seja, se não contar com uma boa estratégia de comunicação não conseguirá atingir todo o público potencial, mas se essa área for bem trabalhada, utilizando ferramentas como assessoria de imprensa, publicidade e relações públicas, as OSC podem divulgar as próprias ações, ganhando notoriedade e credibilidade perante o público e as empresas.
5. Produção cultural
Essencial para as indústrias cultural, criativa e de entretenimento, o produtor cultural cria projetos que potencializam a cadeia produtiva do mercado. Ele faz o intermédio entre projetos culturais criados por empresas e produtores e a legislação de incentivo à cultura, podendo atuar tanto em instituições públicas e privadas quanto no Terceiro Setor. Nesse último segmento, o produtor atua em projetos e programas culturais, fazendo o planejamento, a elaboração, a captação de recursos, a execução, o relacionamento com o público e o monitoramento dos impactos da iniciativa.
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