Saiba como ingressar no Mackenzie!
Na cozinha, na gestão ou na organização de eventos: se você é um amante do mundo da gastronomia, tem à frente um mercado tão plural quanto promissor. Para Camila Landi, coordenadora do curso de Gastronomia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), há campo para quem tem interesse em ingressar na área. Mas é importante conciliar uma série de ingredientes: boa formação acadêmica, aproveitando todas as oportunidades de ensino, pesquisa e extensão, proatividade e atualização constante.
Uma boa forma de se constituir como profissional é olhar para aqueles que já estão consolidados. Por isso, conversamos com a professora para saber alguns dos nomes que estão entre as principais referências dela no Brasil e no exterior.
Ela chama atenção para um cuidado: esse crivo é individual, e cada estudante e egresso da área deve formar a própria visão do mercado. “Devemos olhar individualmente e colocar em nossa bagagem um pouquinho de cada referência. Naturalmente, surgirão nomes de destaques para cada um de nós, com base em nossos valores e objetivos pessoais e profissionais”, comenta.
Prepare o biquinho, porque virão muitos franceses por aí.
Escoffier foi um grande chef e restaurateur (quem gerencia restaurantes). Ele viveu de 1846 a 1935, em meio à belle époque, e ajudou a consolidar a cozinha francesa moderna. É impossível falar de gastronomia sem lembrar seu nome.
Considerado um embaixador da cozinha francesa moderna, Bocuse foi outro chef que tornou a França famosa. Viveu de 1926 a 2018 e, além de administrar restaurantes premiados, dá nome a concursos gastronômicos rigorosos. É considerado um dos criadores da nova cozinha e foi professor de uma geração de profissionais de sucesso.
Nascido na França, Ducasse se naturalizou no principado de Mônaco. Trabalha desde a década de 1980 na área e, tal como outros colegas de profissão, tornou-se conhecido por sua atuação em restaurantes de hotéis de luxo. Foi o primeiro chef a ter três restaurantes premiados com três estrelas Michelin ao mesmo tempo.
Já deu para ver que os franceses dominam a parada. Mas Troisgros apostou em uma conexão França-Brasil, abrindo restaurantes por aqui. Há 50 anos, seu restaurante em Roanne (França) recebe a classificação máxima Michelin. É oriundo de uma família de chefs, e seus filhos e sobrinhos já estão seguindo à risca a tradição.
O espanhol tem 57 anos e já é um profissional consagrado. Entrou na gastronomia por estímulo da família, que tinha um restaurante catalão tradicional, e hoje administra um espaço gourmet com os irmãos. A receita familiar deu certo: o local já foi duas vezes premiado como melhor restaurante do mundo pela revista Restaurant.
Do sul do Brasil, Buffara também é uma chef de destaque e aposta nas particularidades de sua região. “Se orgulhe de suas raízes, de sua terra, de sua família e da sua cultura. Essa é a nossa maior inspiração!”, revela a chef. Jovem, é uma das promessas da gastronomia brasileira.
Um país com dimensões continentais e uma biodiversidade tão grande tem tudo para oferecer uma ótima gastronomia. E, do norte do Brasil, Thiago Castanho é um dos nomes que mais se destacam. O profissional trabalha no Remanso do Bosque, em Belém do Pará (PA), e junta a riqueza amazônica a pratos acessíveis.
Além do protagonismo feminino, Salles divide com Buffara a valorização de alimentos agroecológicos. A brasilidade e a origem rural são partes fundamentais do trabalho dela. Seu restaurante em São Paulo, o Tordesilhas, valoriza a simplicidade que aprendeu com a mãe, dona Dega, “cabocla e sábia”, como homenageia a chef.
É claro que a cozinha pantaneira não poderia ficar de fora. Mas, mais que determinados ingredientes, Machado tenta recuperar as técnicas usadas por pessoas simples, que conhecem como ninguém as tradições locais. Por isso, o chef sul-mato-grossense está interessado em transformar o simples em alta gastronomia. E está tendo sucesso.
Do nordeste brasileiro, Oliveira é uma das referências que não podem faltar. Assim como seus pares, o chef tem raízes bem fincadas no cotidiano do povo sertanejo. Com apoio da família, ele largou a engenharia para fazer do caldinho de mocotó sua obra. Ambiente simples e acolhedor, comida simples e deliciosa. Precisa de mais?
Fonte: Trip, GdP e Nossa.