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Vacina em crianças: 5 fatos sobre a imunização contra covid-19

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A aplicação de vacina em crianças se tornou um dos principais temas da campanha de imunização contra a covid-19 no início de 2022. Seguindo a mesma tendência que autoridades de saúde estrangeiras, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou os imunizantes da Pfizer e Coronavac para o público infantil com idade de 5 a 11 anos.

Ao mesmo tempo, uma série de fake news tenta colocar dúvidas sobre a eficácia da vacinação em crianças. Por isso, a Sociedade Brasileira de Pediatra (SBP) e a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), entre outras organizações médicas, vêm fazendo um esforço para reforçar a importância da imunização infantil.

Reunimos os cinco principais fatos sobre a vacina em crianças. Confira!

1. Importância da vacina em crianças

A vacinação infantil conseguiu erradicar doenças fatais, além de ajudar a aumentar a expectativa de vida dos brasileiros em 30 anos nas últimas décadas. Por isso, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que os pais são obrigados a vacinar seus filhos nos casos recomendados pelas autoridades sanitárias.

Apesar de as complicações no público infantil serem menos frequentes do que nos adultos, a covid-19 se tornou a primeira causa de mortes em crianças por doença desde o início da pandemia, de acordo com o Ministério da Saúde. Além disso, a grande maioria dos óbitos causados pela variante ômicron é de pessoas que não receberam a imunização.

2. Eficácia e segurança

As vacinas aprovadas para o público entre 5 e 11 anos passaram por rigorosos testes científicos que atestaram a sua eficácia e segurança antes de serem aprovadas pelas autoridades sanitárias de diversos países.

Em estudos clínicos, o imunizante da Pfizer se mostrou seguro e eficaz na prevenção dos sintomas da covid-19 e prevenção dos casos graves. A vacina já foi aplicada em mais de 10 milhões de crianças nos Estados Unidos e não houve relatos de óbito.

Os testes realizados pela Sinovac, responsável pela Coronavac, apontaram que o imunizante provocou reação imunológica com segurança em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos — mais de 200 milhões do público nessa faixa etária receberam a imunização em seis países, sem o registro de mortes relacionadas à vacina.

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3. Efeitos adversos

A bula dos fármacos vem acompanhada dos relatos de possíveis reações adversas. Isso não significa, porém, que a administração de um remédio, ou vacina, será acompanhada obrigatoriamente de efeitos negativos. Essas reações são raras, e o benefício do fármaco é superior ao risco da doença. Esse é o caso das vacinas contra a covid-19 para crianças.

Entre as crianças vacinadas com a da Pfizer nos Estados Unidos, apenas 4% apresentaram reações, sendo que 97% foram de efeitos leves como dor de cabeça, febre e dor no local da injeção. Apenas 11 tiveram reações graves, como miocardite, mas todos os pacientes evoluíram bem. Na aplicação da Coronavac no Chile e na China, foram registradas apenas reações adversas leves.

4. Público prioritário

As vacinas da Pfizer e Coronavac estão aprovadas para o público infantil entre 5 e 11 anos no Brasil. A maioria dos municípios está fazendo uma escala de imunização, começando com os mais velhos. No entanto, existe um público prioritário definido pelo Ministério da Saúde para receber a vacinação.

O primeiro grupo prioritário envolve crianças com comorbidades e deficiências permanentes ou que residem em comunidades tradicionais, como quilombolas ou indígenas. Em seguida, deve ser vacinado o público infantil que vive em residência com pessoas com alto risco para a evolução grave de covid-19.

5. Esquema vacinal

Doses pediátricas da Pfizer são diferenciadas com tampa laranja. (Fonte: Prefeitura de Santos/Reprodução)

O esquema vacinal para as crianças é semelhante ao dos adultos, com duas aplicações. A dosagem pediátrica da Coronavac é exatamente a mesma aplicada em públicos de outras faixas etárias, e a segunda dose do imunizante deve ser aplicada com um intervalo de 28 dias.

A vacina para crianças da Pfizer, porém, tem uma dosagem de apenas 10 mg do imunizante, o que representa um terço da dose adulta. O intervalo recomendado pelo Ministério da Saúde é de 8 semanas, mas a farmacêutica indica uma diferença mínima de 21 dias entre a primeira e a segunda aplicação.

Fonte: Quero Bolsa, Veja Saúde, O Globo, Ministério da Saúde, Instituto Butantan, BBC, VivaBem, Agência Brasil.

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