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Que as vacinas são a principal esperança no combate à covid-19, a maioria sabe. Seja para a saúde, seja para a retomada da economia, a imunização é o impulso que deve devolver o cotidiano de todo o mundo ao normal — ao menos, a um “novo normal”.
Mas em meio a tantos fabricantes de diversos países, com testes em diferentes etapas e resultados distintos, é comum se perder. Por isso, o blog do Mackenzie preparou um resumo com tudo que você precisa saber sobre esse instrumento biológico potente contra doenças — e de forma detalhada! Então fique ligado: é uma injeção de conhecimento sem contraindicação!
No fim do século 18, o médico inglês Edward Jenner observou que, apesar do surto de varíola que dizimou a população, o segmento rural que lidava com a ordenha de vacas não sofria da doença. Ele supôs que os animais tinham uma variante amena desse mal, que permitia aos homens se infectar moderadamente, criando anticorpos.
Para testar essa teoria, ele fez algo um pouco nojento, convenhamos, mas que deu certo: inoculou em James Phipps, um garoto de apenas 8 anos, o pus da ferida de uma camponesa chamada Sarah Nelmes, que sofria de varíola bovina e, portanto, carregava o vírus da doença.
E, apesar de o método não ser exatamente agradável, deu certo. Ele não apenas imunizou James, impedindo que ele sofresse de varíola, como também foi responsável por salvar muitas vidas pelo mundo com sua invenção: a vacina.
Uma vacina pode levar de 10 a 15 anos para ser produzida até chegar na sua unidade de saúde ou no laboratório de sua confiança. Afinal, são necessárias várias etapas: fase pré-clínica, com animais; fase 1, com dezenas de pessoas voluntárias; fase 2, com centenas delas; fase 3, com milhares; e, por fim, a fase 4, que inclui o processo final.
A vacina contra a covid-19 só foi desenvolvida tão rapidamente porque já há muito conhecimento acumulado. E o mesmo já tinha ocorrido com o imunizante contra a caxumba, que levou apenas 4 anos para “sair do forno”.
Mas voltando ao caso do coronavírus, essa foi a primeira vez que os maiores centros de pesquisa do mundo pararam suas atividades para trabalhar de forma coordenada em prol de um objetivo comum. Para se ter ideia, as vacinas aplicadas nesse momento são apenas “a ponta do iceberg”: há ainda mais de 140 em fase de testes.
Atualmente, no Brasil, existem três vacinas autorizadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa):
Já a Sputnik e a Covaxin seguem sob análise do órgão.
Não é fácil produzir vacinas para quase 8 bilhões de pessoas, mas o principal gargalo ainda é o “apartheid” de vacinas. A desigualdade no acesso ao imunizante (que, em grande medida, garante quem vive ou morre) é algo que tem despertado grandes debates.
Apesar da criação da Covax Facility, um consórcio de vacinas para promover a imunização de países pobres, a assimetria permanece: alguns países mal começaram a vacinar idosos, ao passo que outros já estudam aplicar a terceira dose na população.
Além do número de mortes, que em si são uma preocupação enorme (10 mil por dia, sendo 20% delas no Brasil, em média), teme-se que o prolongamento da pandemia dê uma sobrevida ao Sars-CoV-2 e ele consiga criar variantes para as quais as vacinas criadas até o momento não ofereçam resposta.
Cientistas e líderes de países em desenvolvimento, como Índia e África do Sul, têm defendido o licenciamento compulsório da propriedade intelectual sobre a vacina. Isso significa que as grandes farmacêuticas deveriam dispor da fórmula do imunizante para que houvesse a massificação da produção, sendo indenizadas por isso. Mas, por enquanto, o lobby financeiro dessas gigantes está vencendo. Ao que parece, o problema é mais do que biológico, é também social e econômico.
Fonte: UOL VivaBem, Unimed, BBC, OMS.
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