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Em 2020, o Pantanal ardeu em chamas. De 1° de janeiro a 30 de setembro, foram registrados 18.259 focos de incêndio na região, superando todo o ano de 2005, que havia registrado o recorde anual com 12.536 focos. A alta registrada é de 46%, com 3 meses ainda a serem contabilizados até o final do ano.
Setembro foi o pior mês desde que o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) começou a fazer as medições dos incêndios na região, em 1998. Além da grande destruição da flora, os animais são os principais prejudicados pelos incêndios. Diversas espécies que vivem apenas no Pantanal correm risco de extinção. Confira algumas delas.
Espécies ameaçadas de extinção no Pantanal
1. Onça-pintada
O Parque Estadual do Encontro das Águas, no Mato Grosso, abriga a maior concentração de onças-pardas do mundo e foi atingido por chamas intensas em setembro. Além dos incêndios, a espécie também enfrenta a caça ilegal e corre o risco de extinção.
2. Tamanduá-bandeira
Com até 3 metros de comprimento e 40 kg, o tamanduá-bandeira já foi extinto em diversos países das Américas Central e do Sul. Ele tem dificuldades de fugir das chamas, que também destroem seu hábitat.
3. Ariranha
Típica da América do Sul, a ariranha já foi extinta em diversos países e em outras regiões brasileiras, como a Mata Atlântica. De hábito semiaquático, ela sofre com a degradação de seu hábitat e com a caça ilegal.
4. Cervo-do-pantanal
Típico de planícies inundadas, o cervo-do-pantanal é o maior cervídeo da América Latina, podendo atingir 1,80 m de altura e 125 kg. A caça pelo couro praticamente dizimou a espécie até meados da década de 1970. Agora, a maior ameaça é a destruição de seu hábitat, seja por madeireiros ou por incêndios.
5. Anta
A espécie está praticamente extinta na Mata Atlântica, restando alguns grupos no Pantanal e na Amazônia. Porém, em ambos os biomas a anta está ameaçada por conta dos incêndios e pela destruição de seu habitat. De hábitos solitários, possui uma longa gestação (de 400 dias), que dificulta o aumento de suas populações. A caça ilegal e os atropelamentos nas estradas também vitimam a espécie.
6. Arara-azul
Em agosto, as chamas do Pantanal chegaram à Fazenda São Francisco do Perigara, no Mato Grosso, que abriga 15% de toda as aves livres dessa espécie. Recentemente, a arara-azul saiu da lista de animais ameaçados de extinção da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN), mas pode retornar para lá após os incêndios de 2020.
7. Jacu-de-barriga-castanha
Fora da planície do Pantanal, essa espécie de ave já está praticamente extinta. Por isso, a devastação do hábitat onde ela ainda resiste é muito preocupante. O jacu-de-barriga-castanha é parecido com uma grande galinha, atingindo quase 80 centímetros de altura. A espécie também é alvo de caçadores ilegais.
8. Lobo-guará
O maior canídeo nativo da América do Sul também está em perigo. Recentemente escolhido para estampar a nota de R$ 200, o lobo-guará enfrenta riscos de extinção pela perda de seu hábitat. Ele é mais visto em terras do alto Paraguai, evitando as planícies baixas do Pantanal, mas mesmo assim segue ameaçado.
9. Gato-maracajá
Nativo da América Latina, com hábitos noturnos e solitários, o gato-maracajá está em risco de extinção no Brasil, com população estimada entre 5 mil e 20 mil indivíduos. A perda do hábitat contribui ainda mais para a diminuição da espécie.
10. Udu-de-coroa-azul
Encontrada na Amazônia, na Mata Atlântica e no Pantanal, essa espécie de ave corre risco por causa de desmatamento e incêndios principalmente no último bioma citado, onde é chamado de martim-pescador-da-mata-virgem.
11. Tuiuiú
A ave-símbolo do Pantanal sofre quando as inundações são menores. Por isso, grandes queimadas podem contribuir para a diminuição da espécie.
Fonte: UOL, Toda Matéria, Guia do Estudante.