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Não existe apenas um jeito de pensar e fazer economia; entre os modos mais conhecidos e praticados está o liberalismo econômico, que é a favor da liberdade econômica, a qual nada mais é do que o contexto no qual os agentes econômicos podem escolher como usar os recursos disponíveis sem serem coagidos pelo Estado ou pela iniciativa privada.
Em outras palavras, significa que uma pessoa ou empresa tem toda liberdade de vender seus produtos ou propriedades para quem quiser, desde que ambas as partes estejam de acordo e que a transação não viole nenhuma lei.
O liberalismo econômico é uma corrente de pensamento do século XVIII. Um dos homens mais importantes do assunto é o escocês Adam Smith (1723-1790), que escreveu a obra A Riqueza das Nações. Um grupo de pensadores fez críticas pesadas ao que enxergava como um excesso de “intromissão” e de intervenção do Estado na economia, deixando pouquíssimo espaço para a livre-iniciativa.
Eles eram contrários às ideias do mercantilismo e dos fisiocratas, que achavam que a economia devia ser controlada pelo Estado por meio de monopólios, altos impostos e proteções às diferentes profissões. As principais características dessa corrente econômica são a não intervenção na economia, deixando pessoas e empresas participarem livremente das atividades econômicas, a livre-iniciativa, a livre concorrência e a defesa da propriedade privada.
Para os liberais, o indivíduo é o responsável por fazer a economia acontecer, é quem vende e/ou compra produtos. Por essa razão, o Estado não pode intervir na economia, colocando muitas regras.
Se acontecer algum problema e houver a necessidade de regular algo que está desigual ou que não está dando certo, o próprio mercado naturalmente se encarrega de corrigir; é a “mão invisível do mercado”, citada por Smith em A Riqueza das Nações.
Os principais pensadores do liberalismo econômico são Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Ludwing von Mises.
Para entender melhor a ideia de liberdade econômica, é importante definir o que é livre mercado. Trata-se de um termo bastante resumido para indicar o conjunto de trocas que acontecem na sociedade. Cada troca ocorre por meio de um acordo voluntário entre duas pessoas ou grupos econômicos.
A propósito, esses grupos ou pessoas podem tanto trocar produtos quanto serviços, e o fazem porque querem ganhar alguma coisa com isso. Se a troca não for boa para uma das partes, a tendência é que ela não volte a ocorrer. No entanto, se ambos concordam em fazer a troca é porque tiram algum proveito disso, do contrário não concordariam em se envolver na operação.
Dentro da ideia de mercado está a lei da oferta e da demanda, que regula os preços dos bens e serviços. Se houver mais oferta de produtos do que interessados em comprar, o preço diminui; se a demanda for maior do que a quantidade ofertada de um produto, o preço tende a aumentar.
A liberdade de mercado também pode ser chamada de liberdade econômica, uma vez que a economia ou as trocas econômicas acontecem dentro do mercado. Sendo assim, para garantir essa liberdade econômica é fundamental respeitar cinco princípios.
Os mercados se baseiam na escolha, em todos os níveis da sociedade. Pessoas, setores, empresas e estados são totalmente livres para realizar as atividades econômicas que quiserem, comercializar os produtos que bem entenderem, segundo suas particularidades e necessidades, de forma pacífica.
Todo indivíduo tem o direito à propriedade, e, desde que se utilize dela de forma pacífica, não há limites para o acúmulo de propriedades.
É através da cooperação executada nas relações comerciais que as pessoas ou os grupos podem melhorar a própria situação, uma vez que ninguém vive isolado na sociedade ou é autossuficiente.
Em uma sociedade livre, as pessoas podem aprender coisas, adquirir conhecimentos, obter informações e usá-las como acharem melhor.
Concorrência diz respeito à não existência de limites coercitivos à entrada no mercado. Em outras palavras, é a liberdade irrestrita para oferecer produtos e serviços aos outros.