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A hantavirose é uma zoonose com infecção provocada por um vírus de ácido ribonucleico (RNA) do gênero hantavírus. Capaz de acarretar diversos sintomas, sendo alguns deles graves, a doença é considerada altamente letal e está presente em diversos países. No Brasil, tem ganhado destaque devido ao aumento de casos percebido nos últimos meses.
O vírus pode ser encontrado na saliva, urina e fezes de roedores. Porém, esses animais podem portar o vírus sem apresentar sintomas, ao contrário dos humanos, que correm sérios riscos quando expostos a ele. Assim, a infecção ocorre de diversas formas.
Estão entre as formas de infecção pelo hantavírus a inalação de partículas do vírus, o contato direto por meio de feridas expostas ou com a mucosa e até mesmo por meio da ingestão de alimentos contaminados.
No entanto, é importante destacar que o contágio não se dá de forma direta, de uma pessoa para outra (com exceção de casos isolados ocorridos na Argentina e no Chile associados a outro tipo de patógeno, o hantavírus Andes). O vírus se incuba em um período de 5 a 60 dias, podendo até não se manifestar em boa parte dos casos, dificultando o seu controle.
Nos cenários em que o quadro se desenvolve logo após a infecção, ocorre o surgimento de diversos sintomas: febre e dor na cabeça, no corpo e/ou abdominal intensa, além de tosse e falta de ar.
Entre os que apresentam piora, há o risco de desenvolver problemas pulmonares, exigindo mais cuidados, uma vez que pode evoluir para a síndrome da angústia respiratória (SARA).
Também pode ocorrer o aumento da concentração de ureia no sangue e a redução da urina. Nos casos mais súbitos, a doença desencadeia problemas renais em alguns enfermos, tornando necessária a realização de diálise, causando uma infecção que conta com um processo de recuperação mais lento.
De forma geral, os sintomas persistem pelo período de 4 a 15 dias. O diagnóstico é obtido por exame de sangue, mas, para uma avaliação clínica mais completa, pode ser necessária uma radiografia do tórax e outros exames para análise dos rins.
Espalhada pela Europa e pela Ásia, a doença ganhou maiores proporções na América do Sul, local onde os casos letais estão se tornando mais numerosos e exigindo a adoção de medidas de controle. O hantavírus é inativado ao ser exposto ao sol, o que incentiva a abertura de janelas e de portas dos ambientes.
Por não apresentar uma vacina específica, a prevenção da hantavirose é mais efetiva por meio de medidas que reduzam o contato com roedores silvestres e com as fezes desses animais, destacando a importância do saneamento básico e das medidas básicas de higiene para populações que estão em locais de maior risco.
Fonte: Drauzio Varella