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Atualidades: alta dos combustíveis, covid-19, auxílio Brasil e mais

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A prova do Enem está cada vez mais contextualizada e interdisciplinar. Questões de diversas matérias são ancoradas em dados e acontecimentos recentes, por isso preparamos uma novidade. Toda sexta-feira até a realização das provas, traremos um resumo das notícias que foram destaque da semana no cenário político, econômico e social do país. Então, confira o nosso primeiro balanço a seguir.

Alta dos combustíveis

A Petrobras reajustou, nesta terça-feira (26), os preços da gasolina e do diesel. A gasolina teve um aumento de 7%, com o preço de venda do litro às refinarias, passando de R$ 2,98 para R$ 3,19; enquanto o aumento do diesel foi de 9,15%, o que aumentou o valor do litro de R$ 3,06 para R$ 3,34.

Petrobras anuncia novo aumento nos combustíveis. (Fonte: CHAI UM-IM/Shutterstock/Reprodução)

Neste ano, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), a gasolina já acumulou um aumento de 73%, e o diesel de 65,3%. Após o anúncio dos aumentos, o Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), formado por representantes do governo federal e dos estados, decidiu congelar o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por 90 dias.

O ICMS tem sido acusado pelo governo federal de ser o responsável pelo aumento dos preços. Críticos da medida afirmam, porém, que o impacto final nas bombas será baixo, uma vez que não houve aumento da alíquota do ICMS nos últimos meses e, portanto, não se pode associar o aumento dos combustíveis ao imposto estadual.

A própria Petrobras afirma que o aumento dos preços está relacionado à Política de Paridade de Preços, medida pela qual a empresa passou a definir os preços praticados no país com base nos preços internacionais. Com isso, é levado em conta a taxa do câmbio para o dólar.

Com a alta do preço do petróleo a nível mundial, devido à alta demanda de países em fase de recuperação da economia e, com a alta do dólar, os preços dos combustíveis no Brasil vêm decolando.

Bloqueio da China à carne bovina brasileira

A China manteve o bloqueio à importação da carne bovina brasileira iniciado no dia 4 de setembro. A paralisação das compras começou depois que foram descobertos dois casos de “doença da vaca louca” em frigoríficos de Minas Gerais.

Segundo o protocolo comercial entre Brasil e China, em casos de contaminação das carnes, os contratos de exportação ficam suspensos enquanto acontecem investigações sobre a saúde das carnes, até que seja garantida a segurança sanitária das exportações. Apesar disso, a China manteve o veto mesmo depois do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) garantirem que as ocorrências eram do chamado “caso atípico” da doença, que não é transmissível e que não gera riscos para a saúde dos rebanhos.

China mantém veto a importação da carne bovina brasileira. (Fonte: Erich Sacco/Shutterstock/Reprodução)

A China é a maior compradora de carne bovina brasileira, sendo responsável pelo consumo de pouco mais de 55% da produção nacional. Estima-se que a paralisação das compras possa causar um prejuízo de até US$ 1,8 bilhão (R$ 10,1 bilhões) aos produtores.

Especialistas afirmam que a continuação do bloqueio das importações pode ter outros motivos. A China é a maior produtora e consumidora de carne suína do mundo, mas, nos últimos anos, o país sofreu com a perda de grande parte do seu rebanho devido a uma crise de peste suína. 

Então, a carne bovina brasileira substituiu a proteína suína na mesa dos chineses, mas agora, com a recuperação dos rebanhos, o Governo chinês pode estar querendo voltar a equalizar o jogo. Outro motivo citado é uma jogada comercial para tentar reduzir o preço da carne, que bateu recordes neste ano com o preço da arroba chegando a R$ 322. 

Além disso, os atritos entre o governo brasileiro e o chinês não ajudam “a equação”. Representantes do governo brasileiro atacaram a China várias vezes nos últimos anos, acusando, por exemplo, o país de ter começado a pandemia de covid-19 de forma intencional e tendo duvidado das vacinas produzidas no país asiático. A guerra comercial pode ser vista como uma retaliação da China.

Pandemia de covid-19

As vacinações continuam avançando no Brasil, 72% da população já tomou a primeira dose da vacina, e quase 48% já estão completamente imunizados. Apesar disso, o número de mortos foi de 399 nesta quinta-feira (28). Já são 607.125 vidas de brasileiros perdidas durante a pandemia.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criticou a inação dos países ricos e das empresas farmacêuticas em relação à distribuição de vacinas para os países mais pobres. Atualmente, 49% da população mundial já está duplamente vacinada, mas a média nos países de menor renda é de apenas 3,1%, os dados são do site OurWorldinData. Para Tedros Ghebreyesus, chefe da OMS, o mundo tem todas as ferramentas para vencer a pandemia, mas isso só vai acontecer quando houver cooperação internacional.

Homeschooling

Projeto de lei que prevê que a educação fique a cargo de pais ou de tutores foi aprovado por deputados de Santa Catarina e segue para sanção ou veto do Governador. O projeto propõe que crianças e adolescentes possam receber o ensino formal em casa, havendo supervisão e avaliação de órgãos educacionais.

Deputados e setores contrários à proposta protestaram e garantiram que entrarão na justiça contra o projeto, uma vez que ele já havia sido debatido e rejeitado em audiência pública realizada na Comissão de Educação da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). Paraná, Rio Grande do Sul e Distrito Federal debatem ou já regulamentam leis similares.

Auxílio Brasil

Nesta sexta-feira (29), ocorre o último pagamento do Bolsa-Família, o programa será substituído pelo Auxílio Brasil. O Bolsa-Família foi uma referência em programas de distribuição de renda. Segundo dados de 2019 do IPEA, o programa retirou 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e 3,2 milhões da pobreza. Além disso, o programa era visto como um sucesso econômico: a cada R$ 1 investido, R$ 1,8 eram gerados no PIB.

O Auxílio Brasil surge como uma tentativa de ampliar a cobertura do programa anterior e de atualizar os valores para reduzir a perda com a inflação. Para o primeiro mês deve haver um aumento de 20% no valor pago pelo Bolsa-Família, mas o valor de R$400 prometido pelo Governo Federal não deve ser alcançado até dezembro.

O governo enfrenta problemas para conseguir fundos para cobrir as promessas feitas pelo programa, uma vez que os valores investidos devem furar o teto de gastos.

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Fonte: Plantão dos Lagos, IstoÉ Dinheiro, Carta Capital, Agência Brasil, El País, Valor Investe, Forbes, Farm News, Agência Brasil, CNN, O Correio News.

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