Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Após a apertada (e contestada) vitória de Joe Biden como presidente dos Estados Unidos, políticos e agentes econômicos estão de olho em como o mundo irá se comportar diante da agenda democrata. Veja como o resultado das eleições estadunidenses impactou alguns países.
Esse é o principal player internacional que está de olho no futuro da democracia estadunidense. Com um mercado interno muito potente e mão de obra abundante, a China é o principal adversário comercial dos Estados Unidos e, até o momento, a única economia capaz de desestabilizar o país norte-americano.
É verdade que Pequim não tinha grande apreço por Trump, mas também é correto dizer que sua saída está longe de trazer conforto aos orientais. A guerra comercial entre os países deve se tornar menos aberta, mas os EUA permanecerão sendo o calcanhar de Aquiles dos chineses.
Em alguma medida, Biden traz novos desafios à economia da China. Alguns efeitos esperados do novo governo norte-americano são a redução da política protecionista e a retomada de acordos bilaterais com diversos países que até então estavam mais inclinados à agenda chinesa.
Outro país que não tem ótimas relações com os EUA é a Rússia. Além do saldo de décadas de regime stalinista, o país tem como presidente Vladimir Putin, que é uma pedra no sapato de Washington. A campanha de Trump tentou colar Biden a Moscou. A verdade é que Biden até pode significar o recomeço de uma relação política com os russos em termos menos duros, mas está longe de ser uma boa notícia para a Rússia.
Há muitos atritos geopolíticos e comerciais que os afastam e dificultam uma aproximação, mesmo com um governo menos austero. Além disso, as alfinetadas entre Biden e Putin vêm de longa data: no período em que Biden era vice-presidente do Governo Obama, chegou a dizer que seria melhor que Putin se aposentasse da presidência que ocupa há mais de 20 anos.
Esse é outro país cujas relações econômicas e políticas com os EUA estão em suspenso. Ainda não se sabe como Biden será recebido pelo governo indiano, que tinha trânsito livre no Governo Trump.
Além de estar entre as maiores economias do mundo, a Índia tem dois elementos que entram em cena na relação com os estadunidenses. A primeira é que a vice de Biden, Kamala Harris, é filha de uma indiana e causou comoção no país, e pode ser que esse aspecto abra uma série de portas para os EUA no país de maioria hindu.
O outro problema se refere justamente à linha política dura do governo indiano com minorias sociais, a exemplo de muçulmanos. O próprio Biden já fez críticas públicas à Índia nesse sentido. Assim, os próximos meses podem dar o tom de como será a relação entre os países daqui para frente.
Muita coisa mudou desde que Biden se tornou presidente. A principal delas, em relação à Inglaterra, foi o Brexit, política por meio da qual o país se desligou da União Europeia. Os democratas não simpatizaram com essa decisão, razão por que a relação entre Biden e Boris Johnson tende a não ser das mais frutíferas.
A boa notícia fica por conta da tradição: além dos aspectos históricos, ambos os países têm uma agenda de cooperação em diversos setores estratégicos, como inteligência. É isso que deve dar estabilidade aos laços transatlânticos no início do Governo Biden.
Fonte: R7.