6 filósofos iluministas para conhecer e saber mais sobre o movimento

O Iluminismo foi um dos movimentos intelectuais mais marcantes da história moderna. Nascido na Europa entre os séculos XVII e XVIII, ele colocou a razão, a liberdade e a ciência no centro do pensamento humano, questionando tradições religiosas, políticas e sociais que dominavam a Idade Média. 

A proposta dos iluministas era simples, mas revolucionária: usar o pensamento racional para entender o mundo e construir uma sociedade mais justa.  

Esse período deu origem a ideias que influenciaram profundamente as revoluções políticas, o avanço científico e a formação do pensamento moderno — temas constantemente cobrados em vestibulares e provas do Enem. 

Para entender o impacto desse movimento, vale conhecer alguns de seus principais pensadores e as ideias que moldaram a modernidade. 

6 filósofos iluministas essenciais para estudar 

Os séculos XVII e XVIII foram palco de intensas transformações no modo de pensar e interpretar o mundo. Nesse período, diversos pensadores europeus passaram a questionar o poder absoluto dos reis, a influência da Igreja e a falta de liberdade intelectual que marcava a sociedade da época. 

Esses filósofos iluministas colocaram a razão e o conhecimento no centro das discussões, defendendo princípios como liberdade, igualdade, tolerância e progresso. Cada um, à sua maneira, contribuiu para construir a base de muitas ideias que ainda sustentam o mundo moderno. 

A seguir, conheça seis nomes fundamentais do Iluminismo e entenda o que cada um deles propôs para transformar a política, a ciência e a própria forma de pensar da humanidade. 

1. Voltaire – defensor da liberdade de expressão e da crítica à intolerância 

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Um dos nomes mais lembrados quando se fala em Iluminismo, Voltaire (1694–1778) foi um incansável crítico da Igreja e do absolutismo.  

Defendia a liberdade de pensamento e de expressão, acreditando que nenhuma autoridade deveria limitar o direito das pessoas de pensar por si mesmas. 

Sua frase mais famosa resume bem essa postura: “Posso não concordar com o que dizes, mas defenderei até a morte o teu direito de dizê-lo.” 

Voltaire acreditava que o conhecimento e o debate livre eram ferramentas essenciais para combater a ignorância e o fanatismo.  

Sua influência foi determinante para o avanço das liberdades civis e da tolerância religiosa, valores fundamentais nas democracias atuais. 

2. Charles-Louis Montesquieu – o ideal da separação dos poderes 

Charles-Louis de Montesquieu (1689–1755) foi outro pensador central do Iluminismo. Em sua obra O Espírito das Leis, ele propôs a divisão dos poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — como forma de impedir abusos de autoridade. 

Essa teoria influenciou diretamente a formação de constituições modernas, inclusive a dos Estados Unidos e da França pós-revolucionária. 

Para Montesquieu, o equilíbrio entre os poderes era o caminho para preservar a liberdade individual e garantir que nenhuma instituição dominasse a sociedade. 


3. Jean-Jacques Rousseau – contrato social e a soberania do povo 

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Jean-Jacques Rousseau (1712–1778) trouxe uma visão mais emocional e humanista ao Iluminismo. Em O Contrato Social, ele defendeu que o poder político deve surgir de um acordo entre os cidadãos, e não de um direito divino do rei. 

Segundo Rousseau, a soberania pertence ao povo, que deve participar das decisões sobre seu próprio destino.  

Suas ideias inspiraram profundamente os ideais de igualdade e liberdade da Revolução Francesa e continuam sendo referência nos debates sobre democracia e participação popular. 

4. John Locke – direitos naturais e origem do liberalismo 

John Locke (1632–1704) é considerado o “pai do liberalismo”. Para ele, todo ser humano nasce com direitos naturais — à vida, à liberdade e à propriedade — que nenhum governo pode tirar. 

Locke também foi um dos primeiros a defender que o poder político vem do consentimento dos governados, e que, se o governo não cumpre seu papel, o povo tem o direito de substituí-lo. 

Essas ideias serviram de base para a Revolução Gloriosa na Inglaterra e para a Declaração de Independência dos Estados Unidos, influenciando profundamente o pensamento político ocidental. 

5. Denis Diderot – enciclopedismo e a democratização do conhecimento 

(Fonte: Getty Images/Reprodução)

Denis Diderot (1713–1784) acreditava que o conhecimento deveria ser acessível a todos. Foi um dos criadores da Enciclopédia, uma coleção monumental que reunia informações sobre ciência, filosofia, artes e técnicas — algo inédito para a época. 

A Enciclopédia se tornou símbolo do enciclopedismo, uma das principais expressões do Iluminismo, ao buscar organizar e disseminar o saber de forma sistemática e laica. 

Com isso, Diderot ajudou a quebrar o monopólio do conhecimento antes controlado por elites religiosas e políticas, impulsionando o avanço da educação e da pesquisa científica. 

6. Immanuel Kant – autonomia da razão e a máxima “ouse saber” 

Entre os filósofos iluministas, Immanuel Kant (1724–1804) talvez seja o que melhor expressou o espírito do movimento. Em seu ensaio O que é o Esclarecimento?, ele cunhou a famosa frase: “Sapere aude!”, que significa “ouse saber”

Kant defendia que o ser humano só se torna verdadeiramente livre quando pensa por conta própria, guiado pela razão.  

Para ele, a maioridade intelectual ocorre quando deixamos de depender da autoridade alheia e passamos a questionar, investigar e compreender o mundo de forma crítica. 

Sua filosofia influenciou não apenas a ética e a política, mas também a forma como entendemos autonomia, liberdade e responsabilidade individual até hoje. 

As ideias iluministas e sua influência no mundo moderno 

O Iluminismo foi muito mais do que um movimento filosófico — foi uma verdadeira revolução de pensamento que transformou o modo como a humanidade entende a si mesma e a sociedade. 

Seus princípios inspiraram grandes revoluções políticas, como a Revolução Francesa (1789) e a Revolução Americana (1776), que adotaram ideais de liberdade, igualdade e fraternidade. 

Na ciência, o Iluminismo abriu espaço para a observação empírica, o método científico e o progresso tecnológico, que impulsionaram avanços decisivos na medicina, na física e na engenharia. 

Culturalmente, o movimento deu origem a uma nova valorização da educação, do debate público e da difusão do conhecimento — pilares que continuam essenciais nas democracias modernas e nas universidades de excelência. 

Hoje, conceitos como direitos humanos, liberdade de imprensa e governo representativo têm raízes diretas no pensamento iluminista. Em outras palavras, entender o Iluminismo é compreender as bases do mundo contemporâneo. 

Conclusão: por que estudar os filósofos iluministas é essencial para o vestibular 

Dominar os conceitos do Iluminismo é fundamental para quem está se preparando para o vestibular ou o Enem.  

As ideias desses pensadores aparecem com frequência em questões de História, Filosofia, Sociologia e Atualidades, ligadas a temas como cidadania, democracia, ética e ciência. 

Mais do que decorar teorias, compreender o Iluminismo ajuda a desenvolver pensamento crítico, interpretação histórica e argumentação — competências essenciais para quem deseja se destacar nas provas e na vida acadêmica. 

No Mackenzie, o estudo da filosofia, da história e das ciências humanas é parte essencial da formação integral do estudante.  

A universidade valoriza o conhecimento como base para compreender o presente e construir o futuro com responsabilidade e propósito. 

Inscreva-se no vestibular do Mackenzie e dê o próximo passo rumo ao seu futuro acadêmico e profissional! 

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