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Exercícios com números e lógica desafiam crianças desde os primeiros anos do ensino fundamental. E a má relação com a matemática coloca a matéria entre as mais difíceis para os estudantes da educação básica.
Em 2019, por exemplo, o exame do PISA (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) mostrou que dois terços dos brasileiros de 15 anos sabem menos que o básico da disciplina.
Mas isso não precisa e nem pode ser assim. É o que defende a professora Vera Lucia Antonio Azevedo, coordenadora do curso de licenciatura em Matemática do Instituto Presbiteriano Mackenzie. Ela explica que é possível motivar os estudantes e aproximá-los da matéria quando se tem as competências necessárias para isso. Confira quatro delas.
O primeiro passo é estar motivado. É preciso que a criança ou adolescente enxergue a matemática como uma disciplina capaz de instigar a curiosidade e motivar a interação e a pesquisa. Mas, nesse processo o professor deve ser um exemplo, uma prova viva de que vale a pena se dedicar aos números. A alegria e a motivação pelo que se ensina deve atravessar sua vivência desde o momento em que chega na classe.
Outro caminho importante do qual muitos professores se esquecem é o acolhimento. Cada aluno é único e ao entrar na sala traz consigo suas vivências, pontos de vista, potencialidades, mas também limitações.
Caso note que algum estudante tenha qualquer dificuldade, não o exponha. Sente-se com ele um instante, tente ver o mundo com seus olhos e busque investigar onde está o nó que dificulta sua aprendizagem.
Entenda que esse nó pode dificultar a compreensão do conteúdo ensinado, mas não impedi-la. E está em suas mãos desatá-lo. “É importante lembrar que cada criança tem uma forma diferente de aprender”, argumenta a especialista.
O aluno precisa entender a Matemática como parte do seu cotidiano e não como uma disciplina descolada da realidade ao redor. E interdisciplinaridade é uma grande aliada para fazer esse link.
Comece integrando o ensino da matemática ao que seu aluno aprende em outras disciplinas, por exemplo. Os laboratórios são muito bem-vindos. Busque também aprimorar o olhar do estudante, aproveitando o poder de observação dele para aplicar termos aparentemente abstratos. “A curva da parábola pode ser aplicada em várias descrições práticas”, exemplifica a professora.
Outro ponto que se espera do bom professor de matemática é a coesão com seus pares e gestores, sobretudo se sua equipe é dinâmica. Seu trabalho não pode ser compreendido como algo isolado da atuação dos demais educadores e deve estar integrado a todo o contexto escolar.
Isso ajuda a garantir que os alunos tenham uma formação completa e condizente com um aprendizado sólido e em harmonia com a sua vivência de modo integral.