Gastronomia: professora dá 5 dicas para empreender na área

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A área de alimentação é a segunda maior do Brasil e apresenta, entre as oportunidades de atuação, o empreendedorismo. Para quem se forma em Gastronomia e quer se tornar dono do próprio negócio, a busca por informações e preparação complementar após a base universitária deve ser o caminho a ser seguido.

O setor da Alimentação Fora do Lar (ALF) representa 2,4% do Produto Interno Bruto (PIB) e 35% do PIB do turismo. Além disso, reúne mais de 1 milhão de empresas e é responsável pelo emprego de mais de 6 milhões de pessoas no País, de acordo com a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o gasto dos brasileiros com alimentação já é o segundo maior, ficando atrás apenas dos custos de habitação.

Empreender: uma alternativa viável

Criar própria empresa é opção para quem se forma em Gastronomia. (Fonte: Unsplash)
Criar uma empresa é caminho rentável para graduados em Gastronomia. (Fonte: Unsplash/Reprodução)

Para quem estuda ou trabalha com alimentação, criar um empreendimento na área surge como opção. Necessidade de sustento, visualização de demanda não atendida e realização pessoal são os principais motivos apontados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) para quem toma essa decisão.

Ainda segundo a entidade, no entanto, empresários da gastronomia enfrentam desafios que passam pelo entendimento de seu papel, pelo desenvolvimento de habilidades na cozinha e pelo planejamento de atividades essenciais ao negócio, como atendimento, limpeza, compras, ambientação e finanças.

Dicas para começar um negócio de gastronomia

Siga dicas para dar início ao seu negócio. (Fonte: Pexels)
Siga dicas para ter segurança quando der início a seu negócio. (Fonte: Pexels/Reprodução)

Camila Landi, professora e coordenadora de Gastronomia da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), afirma que a maioria dos graduados no curso parte para o mercado de alimentos e bebidas (bares e restaurantes) na função operacional, o que também inclui cozinhas de hotéis, eventos e catering: “Atualmente, temos muitos alunos que buscam o curso visando ao ingresso na indústria alimentar e ao empreendedorismo”.

Para quem se enquadra nos segundo caso, algumas dicas elencadas pela docente são essenciais ao sucesso do serviço ou produto oferecido. Confira.

1. Busque conhecimento e informação

“Não se especializar e não ter o olhar e o conhecimento empreendedor aplicado às especificidades do setor” são os principais erros cometidos por quem quer dar entrada no mundo empreendedor, segundo Landi. Por outro lado, é essencial dominar ferramentas de gestão e conhecer e estudar o mercado, suas movimentações e as tendências no Brasil e no mundo.

2. Desenvolva habilidades empreendedoras

Controle de custos e de estoque, escolha de fornecedores, oscilação dos mercados interno e externo, fator de correção e cocção de alimentos, recursos humanos, estratégias e ferramentas de marketing, fluxo de caixa, definição de tipologia de estabelecimento versus público-alvo fazem parte das aptidões de empreendedores bem-sucedidos.

3. Fique de olho nas tendências

Comer fora é um prazer, e no dia a dia a alimentação é necessária na rotina. “A gastronomia nunca sai de moda, e as pessoas nunca vão deixar de se alimentar”, defende a professora. É importante, porém, conhecer, saber ler e entender o mercado e o comportamento do consumidor na atualidade para compreender as tendências e se adaptar a elas.

4. Priorize a formação de qualidade

Experiência acadêmica e de mercado andam juntas, mas Landi defende que “somente um curso superior em Gastronomia pode oferecer e construir um olhar direcionado para as ferramentas específicas de gestão cruciais ao setor”. A formação superior define uma base teórica, conceitual e de práticas aplicadas com atividades de extensão e de pesquisa. “Sem esse domínio e aulas direcionadas por profissionais das áreas da gastronomia e correlatas, o risco de não prosperar ou de ter grandes prejuízos e falhas operacionais no negócio é enorme”, completa a especialista.

5. Defina seu diferencial

O mercado gastronômico é altamente competitivo, mas existem nichos específicos, tipologias de empreendimentos e recortes urbanos que apresentam oportunidades, então ter diferenciais representa maior chance de lucro.

Por isso, “saber adequar a proposta de negócio ao local, conhecer o público-alvo, dominar técnicas, desenvolver uma equipe treinada, um cardápio e um serviço de excelência e o controle de custos são as chaves do sucesso. É claro que sempre com comida e produto de qualidade e sabor”, conclui Landi. 

Fonte: SEBRAE e Globo.

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