Quer ser um mackenzista? Saiba como funciona nosso vestibular.
Salvar vidas, curar, promover saúde e bem-estar são fatores que levam muitas pessoas a procurar a graduação em Medicina. Desse modo, o curso permite fazer isso de muitas formas diferentes, já que existem uma série de especialidades médicas com diferentes enfoques.
A residência médica é uma pós-graduação do tipo lato sensu em que o bacharel em Medicina, que já é um médico generalista, estudará um ramo da área e será especialista nele. Há dezenas de opções e são muitos os fatores a serem considerados ao optar por uma área: mercado de trabalho, remuneração, condições de desempenhá-la em determinados locais etc.
Por isso, não se desespere se estiver indeciso. Mesmo as pessoas mais convictas da opção que tomaram às vezes têm dúvidas sobre qual especialidade querem seguir. Qual é a residência que quer cursar? Qual é o perfil de carreira desejado?
Para decidir, você precisa saber tudo sobre essa trajetória e alguns dos fatores que pesam na hora da decisão. A boa notícia é que o blog do Mackenzie conversou com o médico Maurício Marcondes Ribas, diretor clínico do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, localizado em Curitiba, e professor de pediatria da Faculdade Evangélica Mackenzie de Curitiba.
Saiba tudo sobre o mundo da residência médica e confira as dicas para acertar na escolha!
Segundo Ribas, a divisão que as universidades organizam para o internato acabam definindo as principais áreas: Cirurgia, Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Saúde da Família e Pediatria.
Porém, não se apegue a isso. Todas as especialidades médicas são importantes, têm demanda e são capazes de satisfazer quem tem o perfil para os desafios propostos. Atualmente, há 55 especialidades para se escolher.
Ainda para Ribas, um bom médico tem que ser estudioso, ter empatia com seu paciente, ser um bom ouvinte, estar atualizado, ser respeitoso e humano, tendo disponibilidade. E isso tudo independe da especialidade médica.
O único acréscimo se refere às carreiras cirúrgicas. Nesse caso, a habilidade com as mãos é algo a ser especialmente valorizado junto às demais características.
A prática médica apresenta uma infinidade de atividades possíveis: análise patológica e de imagem, gestão, pesquisa clínica médica, cirurgia etc. Mas essas duas últimas são as mais comuns na prática profissional, por isso é comum que os médicos recém-formados tendam a escolher entre carreiras clínicas ou cirúrgicas.
É claro que os cirurgiões vão operar na maior parte do tempo e os clínicos vão se concentrar no atendimento em consultório. No entanto, Ribas observa que essa é uma divisão grosseira, pois há uma série de carreiras que apostam em ambos os espaços. Ginecologia e Obstetrícia, Ortopedia, Otorrinolaringologia e Oftalmologia são exemplos de algumas dessas áreas.
Para Ribas, a concorrência depende de alguns fatores, como os locais onde as especialidades são oferecidas. Há hospitais gerais, com oferecimentos da maioria delas, e específicos, onde só algumas são oferecidas.
Nos últimos anos, as áreas tradicionais não têm sido as mais procuradas, em geral, ao se considerar a proporção candidato por vaga. Isso ocorre porque existem especialidades com poucas vagas oferecidas que tornam a proporção muito maior.
Não necessariamente. Todo médico pode e deve procurar se especializar, mas ao passo que algumas residências são de acesso direto, outras exigem pré-requisitos.
As residências relacionadas às cinco áreas mais tradicionais (Clínica Médica, Ginecologia e Obstetrícia, Medicina da Família e Comunidade, Cirurgia Geral e Pediatria) têm acesso direto. Psiquiatria, Dermatologia e Gastroenterologia são outros exemplos. Já quem deseja fazer Cardiologia, precisa ter feito Clínica Médica, e quem deseja ser cirurgião do aparelho digestivo precisa ter realizado Cirurgia Geral.
Por isso, considere isso no seu planejamento.
Esse é o ideal. Considera-se que a residência médica é a formação padrão ouro para especialistas. Contudo, em razão do pequeno número de vagas e do fato de esse período exigir dedicação integral (algumas delas consomem mais de 60 horas semanais), muitos profissionais optam por fazer especializações comuns e posteriormente validá-las na associação da especialidade em questão por meio de prova e outros testes.
Ribas comenta que os alunos que ingressam nas faculdades de Medicina em geral têm em mente profissionais bem-sucedidos: um grande cirurgião, um ótimo clínico, um professor de referência ou se imaginam trabalhando em grandes hospitais e universidades.
Esse horizonte pode ser ótimo, mas o médico adverte que, com o tempo, ganha-se a percepção de que essa condição será para poucos. Ao mesmo tempo, carreiras menos ” glamorosas” ganham destaque, por exemplo nas especialidades em Atenção Básico em Saúde. A procura vem crescendo (e o status também) à medida que se percebe a importância da área para a sociedade em geral.
Bom, com essas dicas em mãos você já pode escolher a sua especialidade. E aí, para qual sentido aponta sua carreira?