5 dicas para se preparar para o mestrado

A graduação é um momento fundamental na formação de um profissional, pois ela o qualifica por meio de teorias e técnicas para que atue em uma área do conhecimento. Mas se engana quem pensa que um curso superior é o fim da jornada.

Após se graduar, pode-se fazer uma pós-graduação. Esse mundo tem duas formas básicas: cursos lato sensu, como as especializações e os MBAs, voltados à formação de competências profissionais; e cursos stricto sensu, como os mestrados e os doutorados, etapas que formam um pesquisador.

Ficou interessado nessa última opção? Então saiba o que é necessário para ingressar em um mestrado, o primeiro desafio de quem deseja se formar como cientista e produzir conhecimento em uma área do saber.

1. Escolha uma área para se especializar

Escolher o campo acadêmico é o primeiro passo de quem deseja se tornar pesquisador. (Fonte: Fizkes/Shutterstock)
Escolher o campo acadêmico é o primeiro passo de quem deseja se tornar pesquisador. (Fonte: Fizkes/Shutterstock/Reprodução)

Ao longo da graduação, estuda-se uma série de temáticas, que abrem inúmeras portas. Por exemplo, se você fez Arquitetura e Urbanismo, você tem hoje uma boa noção de paisagismo, projetos, edificações, interiores, urbanismo e diversas outras áreas.

Mas, na hora de escolher uma área para contribuir como pesquisador, deve-se ser seletivo. Você não conseguirá dar atenção a várias delas com qualidade; então, pense na sua área de maior interesse e onde você se sente à vontade para se dedicar, afinal, serão ao menos 2 anos de aulas, muita leitura, escrita e reescrita.

E, após o mestrado, você pode fazer um doutorado (em geral, mais quatro anos). Portanto, cuidado redobrado nas escolhas a partir de agora. Elas podem definir o seu futuro.

2. Pesquise programas de pós-graduação

Procure se informar sobre programas de pós-graduação que trabalhem com a temática que você deseja pesquisar. Além do nome do “programa”, pesquise a área de concentração e as linhas de estudo que se encaixam dentro dela.

Analise também a qualidade da formação. Quando um programa é criado, ele precisa ser autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e, caso isso ocorra, deve ter nota 3, e você pode iniciar suas atividades com um curso de mestrado. A nota vai até 7, e cursos a partir de 5 são considerados de excelência nacional.

O Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo do Mackenzie, por exemplo, tem conceito 6 na CAPES, ou seja, ele tem relevância internacional e garante uma das melhores formações da América Latina.

3. Defina um tema de pesquisa

Escolher um tópico de investigação é um passo importante. (Fonte: Gorodenkoff/Shutterstock)
Escolher um tópico de investigação é um passo importante. (Fonte: Gorodenkoff/Shutterstock/Reprodução)

Bem, digamos que você deseja pesquisar patrimônio histórico, um tema que se adequa às linhas de pesquisa do programa de pós-graduação usado como exemplo. Porém, isso ainda é bastante vago, afinal, dentro disso, qual é o seu tema de pesquisa?

Agora, é hora de “arregaçar as mangas e colocar a mão na massa”. Mapeie o que os pesquisadores têm escrito: procure artigos nos eventos e nas revistas científicas mais importantes da sua área e analise o que, especificamente, interessa academicamente a você a ponto de movê-lo.

Após ler bastante, vamos supor que você decidiu que o tema de pesquisa é “patrimônio histórico”, e “políticas de preservação desses imóveis” é o problema da pesquisa. Ótimo começo!

4. Conheça a literatura da área e identifique uma lacuna

Bom, você está se especializando na área de patrimônio histórico. Acompanha blogs sobre o assunto, assiste à lives, lê artigos e já conversou com algumas pessoas que pesquisam a respeito do assunto. E, nesse trajeto, você descobre que as cidades litorâneas do seu estado têm políticas específicas de preservação de fachadas históricas e com resultados diferentes. Algumas estão bem preservadas, outras não. Por quê?

É aí que você começa a se tornar um ótimo candidato a uma vaga de mestrado. Lembre que, além de ser um desafio pessoal importante, a pesquisa tem um compromisso social e o conhecimento científico se desenvolve em rede. Assim, você é capaz de se inscrever em um tema de pesquisa e contribuir para ele.

Em princípio, os mestrados não precisam ter uma contribuição inédita à literatura da área, diferentemente dos doutorados, mas isso é altamente desejável e demonstra a sua maturidade acadêmica na hora de apresentar um projeto no processo seletivo.

5. Construa um roteiro de pesquisa

Estruturar um bom projeto de mestrado é fundamental para que você demonstre ser um bom pesquisador em potencial. (Fonte: Fikes/Shutterstock/Reprodução)

Um bom projeto de pesquisa de mestrado precisa apresentar com nitidez o que quer responder, de forma a atender a complexidade de um mestrado: nem de menos (afinal, deve-se articular a teoria da área na investigação de um problema) nem de mais (você terá apenas 2 anos). 

Uma boa questão de pesquisa, que será também o seu objetivo geral, pode ser: identificar elementos mais eficazes na manutenção das fachadas dos prédios históricos dos municípios litorâneos X, Y e Z.

Para isso, você deve saber qual é o passo a passo a ser traçado, ou seja, quais são suas opções teóricas e metodológicas. Observe que esses serão seus objetivos específicos. Qual teoria dará suporte à sua pesquisa? Como você coletará dados? De que modo você os analisará? 

É provável que seu projeto sofra alterações no decorrer da pesquisa, mas, com essa apresentação, você demonstrará saber manejar dados acadêmicos e será um bom candidato a uma vaga de mestrado. 

Quer potencializar sua carreira? Comece uma pós-graduação no Mackenzie!

Fonte: Pesquisa jurídica, Pós-graduando.com.

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