Você talvez tenha acompanhado, recentemente, uma discussão bem-humorada nas redes sociais sobre as diferenças entre os millennials e a geração Z: as gírias, músicas e referências entre o pessoal que está por volta dos 30 anos e os da faixa dos 20.
Porém, mais do que diferenças culturais, as gerações também têm visões distintas sobre a vida e sobre a carreira — o que pode influenciar na atuação de cada uma delas dentro das empresas.
É importante entender essas distinções para saber como lidar com essas pessoas no mercado de trabalho, seja como colegas, subordinados ou até como chefes, no caso dos geração Z que já podem ter líderes millennials.
Essa ideia de dividir gerações e encontrar padrões de comportamento em cada uma delas surgiu após a Segunda Guerra Mundial, com a geração baby boomer. Atualmente, muitos deles estão em posições de liderança ou até se aposentaram, mas é a primeira geração em que o conceito de juventude começou a ser debatido na cultura popular, a partir dos anos 1960. Depois deles, veio a geração X, nascida até o final dos anos 1970.
Esses dois perfis têm uma visão mais tradicional do mercado de trabalho e da carreira, buscando crescimento e estabilidade. Já os millennials, nascidos entre os anos 1980 e meados da década seguinte, começaram a se preocupar mais com o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, além de ter mais intimidade com a tecnologia.
A geração Z compreende os jovens nascidos entre o fim dos anos 1990 e anos 2000 — quem está na faculdade e chegando agora ao mercado de trabalho.
Dito isso, é importante observar que as fronteiras entre as gerações dificilmente são demarcadas como os limites de um mapa: quem nasceu em 1993 é classificado como millennial, mas não será tão diferente de quem nasceu em 1996 e já é geração Z. As transições levam tempo.
Portanto, essas definições são mais um guia para compreender melhor o comportamento relacionado à cada fase e “abrir a mente” para conhecer as pessoas que fazem parte delas.
Os millennials cresceram com a internet, mas a geração Z nasceu com ela, de modo que a tecnologia é um instrumento extremamente natural para trabalhar e encontrar soluções para problemas no dia a dia. Para os Z, também chamados de “nativos digitais”, a divisão entre a internet e o mundo real simplesmente não existe.
Por isso, eles precisam ter liberdade para usar essas ferramentas na sua carreira, algo que pessoas de outras gerações têm dificuldade em compreender. Além disso, eles são ainda mais imediatistas do que os millennials: para eles, tudo sempre foi rápido.
Como dito, os millennials começaram a se mostrar menos dispostos a sacrificar a vida pessoal em prol do crescimento na carreira. Isso levou a uma busca por ambientes de trabalho mais flexíveis — em horário, vestimentas e protocolos —, além de carreiras que tenham a ver com seus interesses e crenças pessoais.
Esse traço permanece forte na geração Z, mas com um viés um pouco mais pragmático. Isso porque essas pessoas eram crianças durante as últimas recessões econômicas e sabem que a segurança pode ser muito importante para a qualidade de vida. Por isso, a flexibilidade deve ser aliada a bons salários. Além disso, os “Z” também têm grande vontade de empreender negócios próprios ou dentro das organizações.
Os millennials se formaram mais idealistas e a geração Z pode ser um pouco mais pragmática, mas aliar a carreira com um propósito é algo importante para ambas as gerações.
Dificilmente essas pessoas vão trabalhar em empresas que vão contra os seus valores ou cuja razão de existência elas não entendem: trabalhar apenas para ganhar o sustento é algo que ficou no passado.
Nesse contexto, a vontade de inovar e criar soluções é um dos valores mais importantes, especialmente para a geração Z. Investir em inovação e oferecer liberdade para criar é uma ótima forma de atrair profissionais e reter talentos nessas faixas etárias.
Para terminar, é importante entender que essas informações são uma visão geral sobre os comportamentos, influenciados pelas épocas em que essas pessoas cresceram. Mas cada pessoa tem uma personalidade e valorizá-la é algo importante, tanto para os millennials, quanto para a geração Z.
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Fonte: Gupy, RunRun e Distrito.