Home office faz americanos mudarem de cidade

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Após meses de pandemia, o trabalho em home office continua a ser uma realidade para empresas em todo o mundo. Embora os trabalhadores remotos já estejam sofrendo os impactos diretos disso, com menos deslocamentos e menos reuniões, também há indicadores iniciais de alguns efeitos indiretos desse cenário.

Um dos mais significativos diz respeito à capacidade de as pessoas acessarem oportunidades de emprego muito além do mercado de trabalho local. Por essa razão, entre 14 e 23 milhões de pessoas nos EUA estão planejando se mudar, de acordo com um estudo realizado pela Upwork — considerada a maior plataforma de trabalho freelancer do mundo.

Para entender o impacto do trabalho remoto nos planos de mudança, a empresa entrevistou mais de 20 mil pessoas. A principal conclusão foi de que a possibilidade de trabalho em home office após a covid-19 aumentou a probabilidade de um número significativo de famílias mudarem de cidade em curto prazo.

Concentração de oportunidades de emprego

Nas últimas décadas, as oportunidades de trabalho se tornaram cada vez mais concentradas em grandes centros urbanos. Ao mesmo tempo, a falta de novas ofertas de moradias e as elevadas despesas para construir nessas cidades aumentaram drasticamente o custo de vida.

Em alguns desses municípios caros, como São Francisco e São José, ambos na Califórnia, os valores médios das casas estão bem acima de US$ 1 milhão, tornando muito mais difícil para os profissionais encontrarem moradias populares em áreas como essas, as quais apresentam altas concentrações de oportunidades de emprego.

O trabalho remoto apresentou uma alternativa para isso, permitindo às pessoas desconectar o local onde trabalham daquele em que vivem. Pagar altos custos de moradia não é mais um requisito para acessar mercados de trabalho com altos salários.

Tendências de mudança de cidade

Crise sanitária provocou necessidade de distanciamento físico, o que favoreceu o trabalho em home office. (Fonte: Shutterstock)

Em um curto prazo, as taxas de migração interna nos EUA podem ficar de três a quatro vezes maiores do que são normalmente, considerando todas as pessoas que estão se mudando, independentemente do trabalho remoto.

De acordo com a pesquisa, o desejo de mudança de cidade é mais presente entre moradores de cidades médias e grandes. Mais de 20% dos indivíduos que planejam se mudar estão atualmente morando em uma cidade grande, já 12% vivem em subúrbios de cidades vizinhas e quase 9% moram atualmente em cidades de médio porte.

Entre as principais motivações para a mudança de cidade, estão a densidade urbana e os custos de habitação. Os americanos que desejam se mudar apresentam duas vezes mais probabilidade de se deslocarem para algum lugar menos denso do que para um mais. Além disso, mais da metade dos estadunidenses planeja se mudar para uma casa significativamente mais barata do que sua casa atual.

Os dados do mercado imobiliário confirmam que os valores mais altos estão tendo os maiores sucessos. Informações do site Apartments.com revelam que 10% dos mercados mais caros viram uma redução maior, de 13 pontos percentuais, nos preços de aluguel do que os mercados de aluguel, com 10% mais baixos.

Home office em tempo integral

Trabalho remoto tem de ser em tempo integral para propiciar mudança de cidade. (Fonte: Shutterstock)

Tanto os dados de pesquisa quanto os dados do mercado imobiliário fornecem evidências iniciais de que esses efeitos indiretos do trabalho remoto são reais e provavelmente economicamente importantes. Isso tem a capacidade, inclusive, de ajudar a enfrentar os problemas de moradia e acessibilidade nos Estados Unidos.

No entanto, para aproveitar todos os ganhos econômicos potenciais do trabalho remoto e propiciar a mudança de cidades, as empresas e os profissionais precisam adotar políticas que possibilitem o home office em tempo integral como uma opção oferecida aos funcionários.

Fonte: Upwork.

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