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O que é tecnologia assistiva e como implementá-la nas empresas

Portrait of handicapped business executive using digital tablet in office

A luta das pessoas com deficiência (PCDs) por inclusão na sociedade é antiga e ainda está longe de terminar. A boa notícia é que, graças às pressões dessas comunidades e de inúmeras pesquisas realizadas, hoje temos a chamada tecnologia assistiva: instrumentos desenvolvidos para auxiliar na participação de PCDs nos espaços comuns, como locais públicos e ambientes de trabalho.

Grande parte das empresas já sabe que existem leis para proteção dos direitos das pessoas com deficiência, inclusive no que diz respeito às cotas. Trata-se da Lei de Contratação de Deficientes nas Empresas (Lei n. 8213, de 24 de julho de 1991). Entretanto, não deveria ser preciso recorrer ao Estado para ter o simples direito de trabalhar, não é? Por isso, cada vez mais empresários estão investindo em ferramentas que permitam a inclusão de PCDs não apenas para se adequar à lei.

Por ser um grupo muitas vezes esquecido por vários setores da sociedade, há um mundo de potenciais que podem ainda não ter sido descobertos. A tecnologia assistiva permite que essas pessoas façam parte dos negócios.

Exemplos de tecnologia assistiva

(Fonte: Giphy)

O termo tecnologia assistiva é um “guarda-chuva” para reconhecer todos os recursos de otimização das habilidades de PCDs. Por isso, inclui-se nessa definição que assistivo se refere a diversos tipos de deficiência, como auditiva, visual, de mobilidade e outras. Os serviços ofertados também podem variar entre objetos simples, softwares, equipamentos e até roupas adaptadas.

Veja alguns exemplos.

Livox

Premiado pela Organização das Nações Unidas (ONU), o aplicativo Livox nasceu em uma startup brasileira e tem como objetivo auxiliar a comunicação de pessoas com dificuldade de fala. Ele funciona bem para quem tem autismo, deficits de atenção, Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), entre outras deficiências ou transtornos. O app funciona com um sistema de inteligência artificial customizável para as necessidades de cada usuário.

Hand Talk

Talvez você não saiba, mas cerca de 80% dos surdos têm dificuldade de alfabetização e entendimento do alfabeto escrito, segundo pesquisa da Federação Mundial dos Surdos. Por isso, a maioria só consegue se comunicar através de línguas de sinais; no caso do Brasil, da língua brasileira de sinais (Libras).

A Hand Talk é uma solução para essa questão. Em formato tanto de aplicativo quanto de plugin para sites, a companhia oferece um assistente virtual chamado Hugo, que traduz conteúdos em português para Libras. Assim, empresas podem não só incorporar a ferramenta para funcionários como também para visitantes e clientes em potencial.

OrCam MyEye

Produto da Mais Autonomia, o OrCam MyEye permite que pessoas cegas ou com baixa visão tenham acesso fácil a informações em tempo real. O dispositivo é pequeno e leve, como um controle, e fica preso às hastes de óculos comuns. Ao ser apontado para textos, produtos e até rostos cadastrados, o dispositivo comunica o conteúdo ao usuário em áudio. É possível ler livros, rótulos, revistas e quaisquer outros textos impressos ao mantê-los em frente ao dispositivo.

Aplicando a tecnologia assistiva

(Fonte: Giphy)

Empresas que querem ser mais inclusivas não precisam se restringir aos serviços citados. Eles são novidade para a maioria da população, mas há ainda uma série de outras ferramentas simples que fazem toda a diferença para PCDs no ambiente de trabalho:

A tecnologia assistiva permite que PCDs sejam integrados, comuniquem-se e possam trilhar seu próprio caminho na carreira, passando a atender às demandas do mercado em diversos nichos. É um investimento que vale a pena igualmente para empresas e equipes.

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