Toda empresa existe para uma finalidade, que deve ser demonstrada para a sociedade através de uma personalidade única – um jeito de trabalhar e buscar os resultados almejados.
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Os valores empresariais nascem e vivem nesse meio de campo: o que eu quero enquanto empresa e como eu preciso trabalhar junto aos meus funcionários para atingir esses objetivos.
Os valores empresariais representam a filosofia da companhia; sua razão de existir. Eles precisam demonstrar a visão de seus idealizadores e responder às perguntas “Por que nascemos?” e “Qual diferença eu quero fazer no mundo?”.
São, em suma, as crenças que direcionam os objetivos de negócio e precisam ser vivenciados por todos os funcionários para que se tornem reais. Eles ainda costumam ser apresentados como um conjunto de regras e direcionamentos em busca da ética e do comportamento de todos os clientes internos.
Diferente dos objetivos de negócios que estão diretamente ligados às metas fixadas que geralmente tem o intuito de vender, ganhar mercado ou se tornar referência em determinado segmento, os valores precisam demonstrar a parte ética da companhia – como a gestão direciona os seus funcionários a trabalharem em busca desses objetivos, quais são as suas motivações.
Para defini-los, é importante ainda que haja uma pesquisa de mercado, o famoso benchmarking, para que os idealizadores entendam os principais pilares que empresas de seu segmento, ou outras companhias inspiradoras, defendem. Certamente, alguns valores básicos precisam fazer parte da construção dos novos, e outros têm de ser incluídos.
Essa pesquisa – e, na verdade, a motivação pela qual a nova empresa nasceu – deve considerar ainda o grande diferencial e a razão de existir. Esse diferencial deve ser transmitido com muita clareza dentro e fora da organização, a todo momento.
É importante que eles sejam construídos em equipe, para que os gestores da empresa possam discutir abertamente as suas propostas e evitar, inclusive, prejuízos para a atuação do negócio.
Isso porque, nos dias atuais, as pessoas estão mais atentas. Sendo assim, em um mercado altamente competitivo, muitas delas estarão mais predispostas a consumir de uma empresa clara e ética, que apresenta bons produtos e cuida bem de seus funcionários, do que uma que apresenta, por exemplo, uma linda embalagem, mas se vê em meio a escândalos ambientais. Esse ponto é crucial para a reputação de grandes organizações.
Na prática, a maior parte das empresas apresenta os seus valores durante a contratação do funcionário ou entrega uma cartilha de boas práticas para que ele leia antes de iniciar os seus trabalhos. Mas, atualmente, sabemos o quanto esse método tem deixado de ser efetivo.
Um primeiro contato com os valores continua sendo necessário, mas certamente o que pode determinar o sucesso de sua implementação é a vivência e a aplicação no cotidiano dos funcionários.
Algumas empresas, além de manterem quadros na recepção ou estamparem os fundos de tela dos computadores com esses conceitos, já começaram a executar pequenas ações de endomarketing, eventos ou mesmo vídeos e campanhas institucionais para reforçar esses valores.
A principal razão da existência dos valores é demonstrar a filosofia por trás da idealização da empresa. Em segundo lugar, ajudar na construção do código de conduta interno.
Se um dos valores empresariais, por exemplo, for a sustentabilidade de seus recursos, práticas de descarte incorreto de resíduos recicláveis durante a sua produção não devem ocorrer. Do mesmo modo, se o respeito entre os pares for um valor apresentado, conflitos internos devem ser uma preocupação real de seus gestores.
Algumas empresas já entenderam que determinadas mudanças são necessárias para que os funcionários realmente comprem essa ideia. Muito além de se dedicarem a compor textos bem construídos e poéticos, as companhias precisam demonstrar o que elas podem apresentar para os stakeholders e toda a sociedade, dentro e fora das paredes corporativas. Um movimento de mudança do padrão “missão, visão e valores” para “propósitos de valores” começa exatamente para sanar essa questão.
Nesse movimento, questões como o apoio a diversidade, integridade e sustentabilidade têm sido tão importantes quanto o foco na liderança em determinado segmento. Isso significa ainda que sim, os valores da empresa podem e devem mudar quando ela crê que o seu contexto social, ou mesmo empresarial, sofre (ou precisa sofrer) fortes alterações.
No entanto, é importante ressaltar ainda que isso deve ocorrer de modo muito bem estruturado, para que reflita em uma nova identidade de marca, e não deve ser feito com grande frequência – do contrário, pode acabar causando danos ou confundindo a identidade da marca.
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