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Se tem um setor afetado pela pandemia foi o da saúde. Há mais de um ano, os profissionais desse campo têm arriscado sua vida no cuidado aos infectados pelo coronavírus e corrido em busca de vacinas.
Por isso, o blog da UPM convidou o Diretor Clínico do Hospital Universitário Evangélico Mackenzie, Mauricio Marcondes Ribas, para falar sobre as mudanças que a Covid-19 trouxe a esses profissionais nesse momento.
Confira!
1. Os profissionais estão no limite de sua capacidade
Segundo Ribas, os profissionais estão sobrecarregados. Muitos deles se contaminaram durante o atendimento e houve, infelizmente, casos de óbitos do pessoal da linha de frente.
Isso afetou de tal forma o trabalho que a realidade hoje é a seguinte: mesmo que houvesse novos locais de atendimento, não haveria recursos humanos suficientes. Já não há contingente de profissionais para atender a demanda, o que é preocupante.
2. Procedimentos eletivos estão comprometidos
Em virtude do aumento de internamentos por Covid-19, foi necessário salvaguardar leitos e insumos para o enfrentamento do coronavírus. Afinal, essa passou a ser a maior demanda de internamento nos hospitais durante a pandemia.
Por isso, foi necessário suspender procedimentos eletivos, aqueles que não podem ser considerados urgência e emergência. “Houve uma diminuição importante de internamento por outras doenças e traumas. Quando a pandemia diminuir, os leitos voltarão a ser redistribuídos nas várias especialidades”, comenta o médico.
3. Os protocolos de higiene vieram para ficar
Quando o assunto é Covid-19, todo o trabalho dos profissionais da saúde vai no sentido de cuidar dos enfermos e evitar novas contaminações até que a vacina chegue. Trata-se de uma corrida contra o tempo.
O que não tem prazo para acabar são os cuidados sanitários: limpeza exaustiva das mãos, evitar aglomeração de pessoas, uso de álcool em gel e de máscaras, além de outras medidas de higiene pessoal e coletiva.
“É necessário que cada um faça sua parte no combate à pandemia, seguindo rigorosamente as orientações das autoridades sanitárias”, comenta o Diretor.
4. Apesar do cansaço, ainda há muito por caminhar
Ribas comenta que, por ser uma doença nova, sabia-se pouco sobre o comportamento da Covid-19 e como tratá-la. Ainda hoje, um ano depois de sua chegada ao Brasil, existem poucos recursos para o tratamento.
É certo que as vacinas serão a solução para a doença, mas elas ainda não estão disponíveis para uma grande parcela da população. Isso preocupa porque, em meio a essa demora, o Brasil passa de duas mil mortes por dia.
5. A telemedicina ainda não se efetivou
A telemedicina é um recurso novo que ganhou força com a necessidade do afastamento entre as pessoas. “Parece haver um futuro promissor nesse campo”, aposta o Diretor.
Ao mesmo tempo, Ribas entende que alguns passos precisam ser dados para que ela se efetive. Um deles é um regramento preciso sobre seu alcance, bem como de suas limitações.
6. Mais do que nunca, a ciência é necessária
Segundo o médico, em nenhum outro momento da história houve tanto investimento na busca de uma medida realmente eficaz para o tratamento de uma doença. As vacinas foram concebidas em tempo recorde, por exemplo.
Ao mesmo tempo, houve uma politização em torno do assunto e, por vezes, isso acabou afastando o critério científico do debate. “Deve-se basear o tratamento nos preceitos científicos reconhecidos universalmente, sem deixar margens para tratamentos miraculosos especulativos e sem comprovação”, conclui.