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As razões por trás da desigualdade no Brasil são muitas e estão enraizadas em diversos sistemas. Um dos temas pouco falados, mas que faz grande diferença na vida de milhões de famílias, é a educação financeira.
A Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de março de 2019 mostrou alguns dos números relacionados a dinheiro entre os brasileiros. São 62,4% de famílias endividadas de alguma maneira: cartões de crédito, empréstimos pessoais, carnês de lojas etc.
Apesar de serem dados ligados diretamente à capacidade de compra e pagamento, as dívidas não existem só nas baixas faixas de renda. Das famílias que recebem mais de 10 salários mínimos, 58,3% estão endividadas, contra 63,5% das que recebem menos de 10 salários mínimos.
Com tanta gente sem conseguir pagar e se organizar financeiramente, como reduzir a inadimplência e melhorar os negócios para todos os campos do mercado? A resposta é uma só: oferecendo educação financeira de qualidade para todos.
O que é educação financeira?
Algumas pessoas acreditam que aprender a poupar e economizar é tudo que esse tipo de estudo vai trazer. Isso, de fato, é importante. Mas há muito mais por trás de um ensino inteligente sobre o dinheiro. Não é apenas sobre ter informação, mas sim sobre criar hábitos que trarão resultados para o bolso em longo prazo.
A educação financeira é o conhecimento sobre as melhores práticas de consumo e economia. Isso inclui disciplina ao comprar, planejamento para o futuro, análise de dívidas, gestão de recursos e mais. São vários os aspectos que devem ser levados em conta de forma integrada para bons resultados. E alguns dos principais benefícios são:
- Maior qualidade de consumo: você controla seu orçamento, escolhe bem seus investimentos e corta gastos desnecessários;
- Redução de estresse: você deixa de se preocupar tanto com dívidas e contas atrasadas;
- Equilíbrio: ao se preocupar menos, você consegue equilibrar os desejos e as necessidades, evitando excessos sem perder o lazer;
- Planejamento: faculdade, viagens, casa, carro etc. Uma série de sonhos se tornam mais reais quando você dá a atenção necessária para a administração do seu dinheiro.
Como a educação financeira pode transformar a sociedade?
A questão, realmente, é como implementar essas práticas saudáveis de modo que a população possa, de fato, mudar seus hábitos e viver longe de dívidas.
A resposta para isso começa cedo — mais especificamente na escola. Melhor dizendo, nas crianças, já que esse é o tipo de aprendizado que também deve acontecer em casa. É importante que os mais novos sejam ensinados sobre vida financeira antes mesmo de terem a própria, para evitar que cometam os erros mais básicos — aqueles que acabam deixando muitos jovens adultos em situação de inadimplência antes mesmo de começarem a gastar com o que gostariam.
Quando iniciada na infância, a educação financeira gera uma classe economicamente ativa mais consciente, o que promove uma economia mais sustentável e equilibrada. Ainda assim, é importante que aqueles que já estão nessa categoria entendam a sua responsabilidade de educar as gerações mais novas. Afinal, toda mudança estrutural se encaminha para onde a população está indo.
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