The Office: 5 lições de carreira da série

The Office é uma série de comédia norte-americana que foi ao ar entre 2005 e 2012 no canal NBC. Atualmente a série está disponível no Amazon Prime no Brasil. The Office é baseada na série britânica homônima idealizada e protagonizada pelo comediante Ricky Gervais. Nos Estados Unidos, o papel principal ficou com o ator Steve Carrel, que deu vida a Michael Scott, o chefe de escritório da empresa Dunder Mifflin, que vende papel na pacata cidade de Scranton, Pensilvânia.

A série se destacou e alcançou o sucesso internacional ao retratar diversas situações cotidianas durante o expediente. Gravado no estilo “mockumentary” (estilo de gravação que simula um documentário), The Office fez com que os atores parecessem ser nossos colegas de trabalho.

Com isso é fácil olhar para as situações e pensar o que os personagens deveriam ter feito e como agiríamos perante aqueles cenários. Apesar de muitas vezes retratar cenários tão exagerados que chegam a ser caricatos, grande parte dos acontecimentos são de situações comuns no mundo do trabalho e as ações dos personagens podem nos dar lições sobre o que fazer e o que não fazer na carreira e no mundo corporativo. Atenção: contém spoilers!

Valorize suas ideias

No episódio “Golden Ticket” da 5ª temporada, Michael tem uma ideia, inspirada no filme A Fantástica Fábrica de Chocolate, para sortear descontos para os clientes. Depois de chegar fantasiado do personagem Willy Wonka e se gabar sobre a brilhante ideia, Michael coloca cartões dourados de desconto em caixas de entrega de produtos. O chefe, porém, não se atenta ao fato de ter colocado todos os descontos em caixas que estavam próximas e que acabam indo para o mesmo cliente. O cliente que recebe os descontos tem uma conta muito grande e o tamanho da oferta pode gerar grandes perdas financeiras para a empresa.

Quando a direção da empresa fica sabendo do problema, Michael convence Dwight, vendedor e seu principal puxa-saco, a assumir a ideia e receber a punição, o assistente acaba aceitando. O CEO da empresa chega a Scranton para resolver a situação, mas para a surpresa de todos ele parabeniza Dwight pela iniciativa, o cliente ficou tão feliz com os descontos que decidiu que a Dunder Mifflin seria seu fornecedor exclusivo e os lucros ultrapassam as perdas. Neste momento, Michael quer convencer a todos que a ideia era sua e gera uma série de conflitos com a equipe e com a direção.

A ideia de Michael era boa, sortear descontos para alguns clientes que, ao se sentirem gratos, poderiam olhar com outros olhos para a relação com a empresa e fazer mais negócios. A execução foi errada, mas o erro principal foi não assumir a culpa e não se responsabilizar pela sua ação. Erros acontecem, e o melhor dos funcionários não está livre disto. Quando uma situação assim ocorre, a melhor forma de resolver é informar o erro o quanto antes para tentar lidar com as consequências e informar aos superiores qual foi o processo decisório que levou àquela situação. Qualquer chefe razoável que veja que no processo havia uma ideia coerente, baseada em dados e que ocorreu um erro no processo entenderá a situação.

Não é só sobre o trabalho

Jim é um dos protagonistas da série, nas primeiras temporadas era um dos novos vendedores e passava mais tempo conversando com a recepcionista e pregando peças em Dwight do que trabalhando. Algumas vezes Jim expressa seu descontentamento com o trabalho chegando a dizer que não gostaria de fazer carreira na empresa porque a rotina é chata. Com o passar do tempo Jim vai se destacando como vendedor e ganha maiores cargos na empresa até sair atrás de novas oportunidades.

Este é um exemplo clássico de boa parte dos trabalhadores, pouca gente tem a oportunidade de trabalhar com algo que realmente gosta, mas isso não significa que a rotina precisa ser maçante e que o funcionário não possa ter um bom desempenho. É preciso saber motivar a equipe, oferecer oportunidades de crescimento e valorizar os colaboradores, que vão ter mais motivos para ficar na empresa.

Valorize o seu talento (seja a empresa, seja o funcionário)

Em determinado momento na série, um novo personagem é apresentado como o superior de Michael e a ponte entre ele e a direção da empresa. Logo os dois conflitam sobre uma série de preferências para a administração da empresa e do pessoal. Michael tenta falar com o CEO, David Wallace, e não consegue, pois tudo tem que passar pelo novo chefe que está a poucos dias na companhia. Michael então dirige até Nova York para poder ser atendido pelo CEO.

Quando está fazendo sua reclamação ele percebe que se dedicou por 15 anos a empresa, por diversas vezes a sua filial foi a mais lucrativa e mesmo assim ele não conseguia uma simples ligação com o seu superior. Nesse momento a ficha cai e ele se demite, suas palavras para David: “Você não tem ideia do quão alto eu posso voar”.

Depois da saída, Michael abre uma empresa concorrente e rouba uma série de clientes da Dunder Mifflin, causando um problema ainda maior para a empresa.

Aqui a situação é uma lição para os dois lados, é importante para as empresas que fiquem atentas para os talentos que estão lá dentro, afinal, substituir uma pessoa capacitada e acostumada às demandas é um trabalho extremamente difícil. Para os funcionários fica a lição de ficar atento em até que ponto a empresa em que você está valoriza o seu trabalho e a sua pessoa e qual é o limite para o seu crescimento. Será que há um lugar onde você possa se desenvolver mais?

Conheça sua equipe

Após a saída de Michael, o novo chefe, Charles (interpretado por Idris Elba) decide fazer grandes mudanças na empresa e troca diversos funcionários de função. Obviamente as coisas não dão certo, uma pessoa sem conhecer sua equipe não sabe os pontos fracos e os fortes de cada um. Além disso, é preciso notar que uma cultura empresarial não pode ser mudada do dia para a noite.

Valorize a jornada e os seus colegas

Ao longo de nove temporadas muitos dos relacionamentos entre os personagens se transformam. Assim também é no ambiente de trabalho, passar oito horas por dia com diferentes pessoas, ao longo de anos, pode ter um poder enorme de aproximar e criar laços. Como Andy fala no último episódio “Eu queria que houvesse uma maneira de saber que estamos vivendo os bons e velhos tempos antes da gente ter que deixá-los”. Portanto, aproveite a jornada, mais do que um emprego os dias trabalhados são tempo de vida que podem ser mais ou menos prazerosos, tudo depende do seu modo de encará-los.

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