Imaginar eletrônicos, objetos pessoais, móveis e artigos de decoração, entre outros acessórios conectados à internet não é algo para daqui 5 ou 10 anos, já virou realidade. É exatamente sobre isso que trata a Internet of Things (IoT) ou Internet das Coisas, em português.
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A grande questão sobre a IoT ainda é: qual é o impacto gerado dentro do mercado (independentemente de qual você atua) e como estar preparado para todas essas evoluções?
A primeira coisa a se ter em mente é que a IoT não é novidade. Fala-se desse assunto em rodas de discussão tecnológica há anos; o termo utilizado era “automação”, que nada mais é do que a possibilidade de conectar qualquer aparelho à internet, desde a sua velha impressora até uma cafeteira.
Em pouco tempo, veremos SIM card em todos os lugares: carros, geladeiras, maçanetas, roupas, robôs domésticos, e aparelhos ou objetos ganharão vida como se fossem smartphones ou computadores. Conectar diz respeito a poder se comunicar com todos os recursos disponíveis, enviar comandos, fazer que estes utensílios conversem entre si e trabalhem para você.
Desde 2017, temos visto surgirem novos personagens no mundo da IoT, como auto-falantes ativados por voz com os mesmos assistentes virtuais dos smartphones. Dispositivos como Google Home, Amazon Echo e HomePod estão se espalhando pelo mundo dia após dia.
Duas categorias que vêm ganhando força nos últimos anos são a tecnologia wearable e a inclusão da IoT em áreas como a da saúde. Amostras disso já podem ser vistas em relógios inteligentes e pulseiras que analisam movimentos, exercícios físicos e batimentos cardíacos, como Apple Watch, Fitbit e aparelhos orientados para uso médico e fitness.
Para um profissional de marketing, administração, engenharia ou até um empreendedor, dispositivos de IoT darão mais acesso do que nunca a dados sobre como seus consumidores agem com seus produtos ou consomem recursos. Isso porque os objetos inteligentes e conectados serão capazes de reconhecer padrões de consumo e, possivelmente, poderão aprender com eles (com machine learning) e utilizar a Inteligência Artificial associada a IoT, como fazer recomendações de consumo ou de produção baseada em informações atuais.
Conectar coisas pode revolucionar a maneira como fábricas ou lojas monitoram estoques. Negócios que necessitam de manufatura ou depósito provavelmente ainda usam scanners, mas dispositivos smart conseguem tabelar o estoque automaticamente apenas ao mover o produto. Há ótimos exemplos nos Estados Unidos, como o Amazon Go, o supermercado da Amazon sem caixas registradoras e sem fila: basta tirar o produto da prateleira e o sistema já sabe quem comprou e o que foi comprado.
Consumidores poderão comprar exatamente o produto que procuram (ou de que precisam) e tudo poderá ser entregue em casa de forma rápida e prática. Imagine ser possível usar botões na geladeira ou na despensa para acionar produtos que não podem faltar ou ter um armário inteligente a ponto de saber o que falta e encomendar.
Na cidade de Petrópolis, região serrana do Rio de Janeiro, o monitoramento de pluviômetros para detecção de calamidades provocadas por chuvas utiliza a IoT. Os sensores enviam informações para a central sempre que há uma variação de números ou gráficos detectada.
Outro bom exemplo são as lixeiras no Paraná, que emitem avisos para uma central de gerenciamento quando estão cheias, o que ajuda a evitar o acúmulo de lixo e, consequentemente, reduz o risco de enchentes, pois os objetos não se espalham com a chuva.
Eis aqui o maior impacto possível. Com tantas mudanças em curso, é preciso estar atento ao que isso implica neste segmento do mercado. Será que algum dispositivo de hardware é capaz de substituir pessoas?
Talvez as empresas precisem de menos funcionários para cargos que permitem automação utilizando IoT, já que esse é um efeito colateral da revolução digital em qualquer área, mas também precisará de funcionários mais capacitados para novos cargos que surgirão em consequência desta evolução. Uma equipe terá que conhecer a tecnologia para que a IoT seja benéfica e eficaz, já que é uma forma de obter dados para sistemas computacionais e os dispositivos têm conexão com grandes softwares e aplicativos; portanto, ter um time atualizado com as inovações tecnológicas implica treinamento ou troca de pessoal.
A adoção da IoT é um caminho sem volta. A conexão “de tudo com tudo” transformará o mundo e trará inúmeros benefícios na otimização de processos. Será essencial desenvolver as competências digitais necessárias para compreender esse novo universo.
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