Com a popularização do ensino a distância (EaD), aumentam os mitos e preconceitos acerca desse módulo de aprendizagem. É possível que você já tenha ouvido coisas do tipo “Diploma de EaD não é reconhecido” ou “Ninguém quer contratar alguém com formação a distância”, o que são inverdades. As empresas e os empregadores valorizam graduação ou pós-graduação a distância tanto quanto presencial, pois ambas podem trazer muitas vantagens para o estudante.
Conheça um pouco mais sobre essa modalidade de ensino e tire suas dúvidas.
O que é ensino a distância?
É uma forma de aprendizagem que usa a tecnologia para permitir que alunos assistam a aulas, tirem dúvidas, façam e entreguem trabalhos sem que precisem se deslocar até uma sala física de aula. Não é, exatamente, uma modalidade nova, já que aulas a distância existem desde que a comunicação era feita apenas por cartas.
Televisão, disquetes e CDs já foram muito usados, mas hoje em dia as transmissões são feitas principalmente pela internet, que permite uma comunicação muito mais fácil e rápida entre alunos e professores.
Quais são as vantagens?
A maior vantagem do EaD é a possibilidade de o aluno gerenciar o seu tempo de estudo. Pessoas que trabalham, têm filhos e precisam cuidar da casa muitas vezes acabam abandonando ou postergando os estudos por falta de tempo.
Podendo escolher em que hora do dia assistir a uma aula e evitando o deslocamento até uma universidade, o aluno economiza tempo e dinheiro. Essa modalidade de ensino também pode facilitar o acesso ao ensino superior a pessoas com dificuldade de mobilidade, que moram em áreas rurais ou locais afastados de centros urbanos.
O que diz a lei?
Ao contrário do que alguns podem pensar, o EaD é regulamentado e reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) desde 1998 por meio do Decreto n. 2.494, que define o art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
O diploma de EaD tem exatamente a mesma validade de um curso presencial dentro do território nacional; inclusive, não é indicada no documento qual foi a modalidade de ensino cursada pelo graduado ou pós-graduado. Por isso, o aluno que estuda a distância não deve se preocupar com rejeição se houver necessidade de comprovar títulos, como no caso de concursos públicos, por exemplo.
Quais são as instituições confiáveis?
Em qualquer situação, EaD ou presencial, tanto a instituição quanto o curso devem estar devidamente regularizados no MEC e seguindo as suas diretrizes. Confira algumas dicas para não errar na escolha:
- Pesquise no MEC as instituições do seu interesse para saber se elas são reconhecidas e têm autorização para oferecer essa modalidade de ensino;
- Confira a sua nota no Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade), pois os alunos dos cursos a distância também precisam passar pelo teste que avalia os cursos de graduação, e isso pode ser um indicativo da qualidade da universidade;
- Dê preferência para faculdades que tenham excelência e tradição na área da educação.
Qual é a visão do mercado de trabalho?
A maior preocupação das pessoas que estão considerando fazer uma graduação ou pós-graduação EaD pode ser o reconhecimento no mercado de trabalho. Quanto a isso, podem ficar tranquilas, segundo Eliane Aere, especialista em Recursos Humanos e diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Digital), pois não existe diferenciação no processo seletivo se o candidato cursou presencial ou a distância. Para ela, o que pode ser considerado são a carga horária e a avaliação do curso junto ao MEC.
Dependendo da empresa, candidatos formados na modalidade a distância podem até mesmo ter certa vantagem. É de conhecimento geral que esse tipo de aluno precisa ser mais organizado, dedicado, proativo e fazer uma melhor gestão de tempo para conseguir se formar. E essas qualidades precisam, é claro, ser demonstradas pelos candidatos que estão buscando inserção no mercado de trabalho.
Outro detalhe que vale a pena ser lembrado é que dificilmente durante uma entrevista de emprego o recrutador perguntará se você fez um curso a distância ou presencial. O candidato também não tem nenhuma obrigação de explicitar o fato no currículo, caso tenha receio de não ser convocado. O mais importante para os empregadores é encontrar um profissional qualificado e que atenda aos requisitos da vaga. Diferentemente da instituição de ensino, cujo prestígio pode ser considerado, a modalidade de ensino não deve influenciar a escolha do recrutador.
O EaD veio para ampliar o acesso à educação superior e não deve ser temido ou menosprezado. Ele tem valor, qualidade e é ou deve ser tão aceito quanto o presencial. Escolhendo uma boa instituição de ensino e se dedicando aos estudos, o aluno de EaD será muito bem preparado para o mercado de trabalho, independentemente de qualquer preconceito que possa haver quanto a esse tipo de aprendizagem.
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