Com a popularização do ensino a distância (EaD), aumentam os mitos e preconceitos acerca desse módulo de aprendizagem. É possível que você já tenha ouvido coisas do tipo “Diploma de EaD não é reconhecido” ou “Ninguém quer contratar alguém com formação a distância”, o que são inverdades. As empresas e os empregadores valorizam graduação ou pós-graduação a distância tanto quanto presencial, pois ambas podem trazer muitas vantagens para o estudante.
Conheça um pouco mais sobre essa modalidade de ensino e tire suas dúvidas.
É uma forma de aprendizagem que usa a tecnologia para permitir que alunos assistam a aulas, tirem dúvidas, façam e entreguem trabalhos sem que precisem se deslocar até uma sala física de aula. Não é, exatamente, uma modalidade nova, já que aulas a distância existem desde que a comunicação era feita apenas por cartas.
Televisão, disquetes e CDs já foram muito usados, mas hoje em dia as transmissões são feitas principalmente pela internet, que permite uma comunicação muito mais fácil e rápida entre alunos e professores.
A maior vantagem do EaD é a possibilidade de o aluno gerenciar o seu tempo de estudo. Pessoas que trabalham, têm filhos e precisam cuidar da casa muitas vezes acabam abandonando ou postergando os estudos por falta de tempo.
Podendo escolher em que hora do dia assistir a uma aula e evitando o deslocamento até uma universidade, o aluno economiza tempo e dinheiro. Essa modalidade de ensino também pode facilitar o acesso ao ensino superior a pessoas com dificuldade de mobilidade, que moram em áreas rurais ou locais afastados de centros urbanos.
Ao contrário do que alguns podem pensar, o EaD é regulamentado e reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) desde 1998 por meio do Decreto n. 2.494, que define o art. 80 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
O diploma de EaD tem exatamente a mesma validade de um curso presencial dentro do território nacional; inclusive, não é indicada no documento qual foi a modalidade de ensino cursada pelo graduado ou pós-graduado. Por isso, o aluno que estuda a distância não deve se preocupar com rejeição se houver necessidade de comprovar títulos, como no caso de concursos públicos, por exemplo.
Em qualquer situação, EaD ou presencial, tanto a instituição quanto o curso devem estar devidamente regularizados no MEC e seguindo as suas diretrizes. Confira algumas dicas para não errar na escolha:
A maior preocupação das pessoas que estão considerando fazer uma graduação ou pós-graduação EaD pode ser o reconhecimento no mercado de trabalho. Quanto a isso, podem ficar tranquilas, segundo Eliane Aere, especialista em Recursos Humanos e diretora da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-Digital), pois não existe diferenciação no processo seletivo se o candidato cursou presencial ou a distância. Para ela, o que pode ser considerado são a carga horária e a avaliação do curso junto ao MEC.
Dependendo da empresa, candidatos formados na modalidade a distância podem até mesmo ter certa vantagem. É de conhecimento geral que esse tipo de aluno precisa ser mais organizado, dedicado, proativo e fazer uma melhor gestão de tempo para conseguir se formar. E essas qualidades precisam, é claro, ser demonstradas pelos candidatos que estão buscando inserção no mercado de trabalho.
Outro detalhe que vale a pena ser lembrado é que dificilmente durante uma entrevista de emprego o recrutador perguntará se você fez um curso a distância ou presencial. O candidato também não tem nenhuma obrigação de explicitar o fato no currículo, caso tenha receio de não ser convocado. O mais importante para os empregadores é encontrar um profissional qualificado e que atenda aos requisitos da vaga. Diferentemente da instituição de ensino, cujo prestígio pode ser considerado, a modalidade de ensino não deve influenciar a escolha do recrutador.
O EaD veio para ampliar o acesso à educação superior e não deve ser temido ou menosprezado. Ele tem valor, qualidade e é ou deve ser tão aceito quanto o presencial. Escolhendo uma boa instituição de ensino e se dedicando aos estudos, o aluno de EaD será muito bem preparado para o mercado de trabalho, independentemente de qualquer preconceito que possa haver quanto a esse tipo de aprendizagem.
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