Saiba como vai funcionar o vestibular do Mackenzie
Se você está enrolando para começar a estudar e precisa de um empurrãozinho para aprender um novo idioma, saiba que há razões científicas para se tornar bilíngue ou trilíngue — ou, quem sabe, poliglota. Todos temos motivos para nos aventurarmos em uma cultura nova: viagem, trabalho, amor, curiosidade… entretanto, há muito mais.
Pesquisas científicas recentes confirmam os benefícios cognitivos de aprender novos idiomas. Fora o óbvio, que é dominar uma linguagem além da nativa e conhecer novas culturas, estudar outras línguas ajuda a desenvolver a memória e a habilidade de tomar decisões com rapidez e pode, inclusive, atrasar doenças como Alzheimer.
1) Memória
Publicado pela Academia Americana de Neurologia, o estudo “Speaking Foreign Languages may help Protect your Memory” (2011) revela que aprender uma nova língua pode “proteger” memórias antigas, mesmo em adultos. Pesquisadores descobriram que falantes de quatro ou mais idiomas tinham cinco vezes menos chance de desenvolver problemas cognitivos em comparação com quem falava dois; para quem falava três idiomas, a chance era três vezes menor.
2) Melhora na tomada de decisão
No estudo “The Foreign-Language Effect: Thinking in a Foreign Tongue Reduces Decision Biases” (2012), publicado pela Universidade de Chicago na revista Psychological Science, o processo de raciocinar em outra língua é apontado como responsável por diminuir inconsistências cognitivas e melhorar as tomadas de decisão. Em participantes da pesquisa que usavam um idioma estrangeiro, as decisões eram “mais sistemáticas”, o que ocorre porque também eram menos baseadas em fatores negativos, processo mental comum à língua nativa.
3) Percepção mais aguçada
Na Espanha, com a pesquisa “A Case Study On The Linguistic Profile And Self-perception Of Multilingual University Students” (2014), da Universidade Pompeu Fabra, chegou-se à conclusão de que pessoas que falam mais de um idioma são mais observadoras. Isso as torna capazes de manter o foco, filtrar o que não é tão importante, ter melhor desempenho ao identificar informações erradas e problemas que falantes de uma só língua não percebem.
4) Habilidade multitarefa
Em “Juggling Languages can Build Better Brains” (2011), estudo da Universidade Estadual da Pensilvânia, nos Estados Unidos, pesquisadores sugerem que dominar vários idiomas ajuda a desenvolver a famosa capacidade multitarefa, que nos torna capazes de conciliar várias tarefas ao mesmo tempo. Isso ocorre porque o cérebro já está acostumado ao exercício de revezar entre diferentes estruturas linguísticas para completar raciocínios e executar ações.
5) Xô, Alzheimer
Não apenas um, mas vários estudos sobre Alzheimer (transtorno neurodegenerativo progressivo que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória) trazem conclusões de que, em adultos que falam só uma língua, a idade média para a manifestação dos primeiros sinais da doença é 71 anos; já entre adultos que falam duas ou mais línguas, é 75 anos. Uma dessas pesquisas é “Bilingualism Delays age at Onset of Dementia, Independent of Education and Immigration Status” (2013), publicada na revista Neurology, sendo o maior estudo documentando sobre o atraso no início da demência em pacientes bilíngues e organizado por subtipos de sintomas.
Agora que você já tem motivos suficientes, dê uma chance para uma nova língua. Conhecimento é poder, e você poderá, com poucos meses de prática, viajar com mais autoconfiança, escalar a sua vida profissional e ter um enorme enriquecimento cultural.
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