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Você já deve ter se deparado com problemas no trabalho que tiram o sono. Como qualquer espaço de discussão e criação, o ambiente profissional tem conflitos que podem desafiar a saúde física e mental, causando desmotivação, ansiedade, tristeza, gastrite, entre outros problemas.
Mas qual é o limite do conflito? Até que ponto é normal? Confira cinco características do assédio moral que devem acender um alerta: se você identificar essas situações, pode estar na hora de tomar uma iniciativa. Não espere adoecer para procurar ajuda.
O primeiro ponto a ser observado é a frequência dos conflitos. Indisposições fazem parte do ambiente de trabalho e não podem ser confundidas com assédio quando estão dentro da normalidade. Mas os problemas não podem ser a regra nem criar um ambiente tóxico cotidianamente. Se você notar que a regularidade de discussões é grande, fique atento, pois pode ser que se trate de uma questão mais séria.
Outro ponto importante do assédio moral é que, além de recorrente, costuma ser direcionado a uma pessoa ou a um grupo. Nesses casos, os mesmos trabalhadores ficam expostos a situações reiteradas de humilhação, intimidação e exclusão.
Caso perceba que há intenção, ainda que não verbalizada, de criar situações vexatórias para o mesmo funcionário ou grupo, é provável que se trate de uma situação de assédio moral.
Costuma-se acreditar no estereótipo do assédio moral: um chefe gritando a plenos pulmões com um funcionário em meio a um setor cheio de outros trabalhadores que testemunham a cena, mas a realidade é que há muitas maneiras de se criar situações de assédio, inclusive de forma silenciosa. É comum, por exemplo, que pessoas assediadas no ambiente de trabalho sejam deslocadas para locais com menos circulação de colegas e que tenham a demanda de trabalho elevada a ponto de causar mal-estar.
Outro mito em relação ao assédio moral está na crença de que apenas os chefes podem ser o vetor do problema. Embora seja a incidência mais comum, pode ocorrer também o assédio horizontal (entre colegas).
É importante pontuar isso porque o assédio moral costuma ter raízes na cultura da organização; logo, mesmo pessoas sem poder hierárquico podem estabelecer relações pouco saudáveis com perseguição recorrente.
Outro sinal de alerta se refere aos sintomas que esse tipo de situação causa. Se você entende que precisa de apoio externo (e é importante pedir ajuda), é provável que o problema tenha passado do ponto e você esteja mesmo sendo vítima de assédio moral. Isso vale para demandas psicológicas, médicas e até mesmo jurídicas. Em qualquer um desses casos, significa que o ambiente de discussão é insuficiente e está lesando o trabalhador.
Fonte: Exame.
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