Ensinar matemática é um grande desafio em qualquer etapa da educação básica. Mas fazer que crianças e adolescentes se apaixonem pelo universo dos números não precisa ser um bicho de sete cabeças.
Em entrevista concedida à Viviane Lacerda, coordenadora de capacitação pedagógica dos Sistemas de Ensino Mackenzie, a professora Dr. Vera Lucia Azevedo, coordenadora do curso de Matemática da Universidade Presbiteriana Mackenzie, dá uma série de dicas para um ensino significativo de matemática.
Saiba como fazer o aluno se encantar pelo universo dos números.
Boa formação
Não é porque você domina a matemática e tem facilidade com números que automaticamente será um bom professor. Ensinar exige muito preparo, uma boa base pedagógica, em geral oferecida em cursos de licenciatura ou por meio de atualizações constantes.
“Escuto gente dizer ‘ele é da área’. Mas será que sabe ensinar, tem formação para ser professor?”, questionou a educadora. É preciso que o aluno veja sentido no que lhe é ensinado, assim, um bom domínio do ensino é capaz de levá-lo a esse caminho de forma bem-sucedida, conforme explicação de Azevedo.
Ferramentas
Cada vez mais surgem novas ferramentas que podem facilitar o trabalho do professor. É preciso estar sempre atualizado para lançar mão delas da forma mais eficiente possível, de acordo com a especialista.
O papel da motivação
O professor motivado alcança muito mais do que imagina, segundo Azevedo. Ele vê sentido no que faz e consegue transparecer isso aos seus alunos. Ao alimentar e transmitir seu senso de propósito, o educador mostra ao estudante a importância e a beleza daquilo que ensina.
Desse modo, quando a primeira dificuldade vier, a criança ou o adolescente estará mais empolgado para se manter firme em sua rota de aprendizagem, porque sabe aonde quer ir e por que precisa chegar até ali.
Utilize jogos
Abordar um conteúdo com dinamismo é importante para manter o interesse do aluno no que você ensina. É nesse sentido que a utilização de jogos na prática docente é muito bem-vinda. Você mesmo pode criar atividades bacanas e fazer da sua sala de aula um laboratório de matemática.
Durante as aulas remotas, é indicado também que esses jogos sejam pensados para interações em família, integrando todo mundo que partilha a vivência escolar com o aluno.
Alterne as formas de avaliação
A coordenadora concorda que é preciso existir uma maneira objetiva e eficiente de medir e documentar o desempenho do aluno, mas a prova escrita e periódica não pode ser a única maneira de o educador avaliar suas turmas. “A avaliação deve ser um acompanhamento contínuo e constante”, argumentou Azevedo.
Não é difícil de entender o porquê. Se você descobre apenas depois da prova que um aluno tem dificuldade, acaba tendo pouco tempo para ajudá-lo a absorver o conhecimento perdido. É por isso que, segundo a especialista, avaliar de maneira sensível e atenta tem muito mais a ver com diversificar os instrumentos avaliativos no meio docente do que simplesmente aplicar provas no fim do bimestre.
Fonte: Sistema Mackenzie de Ensino.
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