A contação de histórias pode ser trabalhada de forma transdisciplinar e utilizada para abordar diversas áreas do conhecimento, desde a matemática à ciências naturais.
As histórias são importantes para desenvolver a comunicação das crianças, despertar o interesse delas sobre o mundo a sua volta, sensibilizá-las para dilemas éticos e morais e promover vivências significativas e contextualizadas com objetos do conhecimento extraídos de currículos. Por todas essas razões, o trabalho com narrativas nas escolas, e sobretudo na Educação Infantil, auxiliam os professores a organizar um trabalho de ensino-aprendizagem significativo, que promove desenvolvimento moral, cognitivo e físico das crianças. Para que esses objetivos sejam atingidos, a contação de histórias deve ser uma atividade planejada como qualquer outra estratégia pedagógica. O professor precisa compreender o valor da história a ser contada, o público a que ela se direciona e o contexto pedagógico em que a narrativa se situa, além de ter claros os objetivos e as reflexões que a atividade pode proporcionar.
Ao permitir à criança se colocar no lugar dos personagens da história, ela pode lidar com questões da vida, de maneira mais abrangente. Sabendo disso, ao narrar histórias é importante que o professor desenvolva enfatize os dilemas e situações em que se encontram os personagens. Esse tipo de atividade pode auxiliar na reflexão sobre princípios e valores.
É importante que as narrativas selecionadas para o trabalho escolar sejam ricas em vocabulário e trabalhem bem os elementos da narrativa (narrador, personagem, tempo, espaço, enredo e o dilema da história) e tipos de texto (descrição, exposição, argumentação, explicação, etc.). Uma narrativa rica permite ampliação do vocabulário das crianças, uma vez que as novas palavras estarão inseridas dentro de um universo narrativo amigável e divertido; modelos de estruturação de pensamento; e desenvolvimento de imagens mentais complexas a partir de texto escrito.
Antes de iniciar uma narração, o professor deve pesquisar bem a história e o universo em que ela se passa. O domínio desse contexto é fundamental para uma melhor interpretação, com pontos de suspense, expressões faciais, nuances de tom de voz e pequenas variações importantes não apenas para manter a atenção dos estudantes, mas sobretudo para mostrar para eles como nosso corpo se desloca no espaço para realizar ações que são narradas, como expressamos mensagens com nossas expressões faciais, como reagimos a diferentes barulhos, etc.
É interessante se o profissional em sala puder preparar o ambiente com alguns itens da história, como cenários e vestimentas, para ajudar as crianças a visualizarem o ambiente em narrativa. Outra ideia é utilizar também recursos sonoros, produzindo efeitos de sonoplastia ou até mesmo valendo-se de músicas.
Fonte: Sistema Mackenzie de Ensino.
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