Embora não seja novo, o ensino híbrido tem sido mais discutido durante o período da pandemia, que se estende há mais de um ano. Afinal, se a escola está de portas fechadas, isso não quer dizer que a educação tenha parado.
Com o impedimento total ou parcial de os colégios abrirem, as tecnologias digitais se tornaram ferramentas importantes no ensino, pois possibilitam a continuidade do aprendizado enquanto os professores estão em home office, conectados à turma e acompanhando a produção de conteúdo on-line.
Mas qual é a diferença entre os ensinos presencial, a distância, híbrido e remoto? Como tirar o ensino híbrido do papel? Quais são as suas vantagens? E será que ele veio mesmo para ficar? Entenda.
Ensino presencial, remoto, a distância e híbrido. Quais são as diferenças entre eles?
A geração Z, habituada às tecnologias digitais, facilitou o processo de incorporação das aulas híbridas ao currículo escolar. Mas qual é a diferença entre os ensinos presencial, a distância, híbrido e remoto? Confira a seguir.
- Ensino presencial (ou tradicional): refere-se ao modo mais conhecido até agora. Os alunos vão para a escola e estudam a maior parte do tempo por meio de artefatos analógicos, como livros, cadernos e lousa.
- Ensino remoto: trata-se do que a maior parte das escolas está fazendo hoje em razão da urgência provocada pela covid-19. O vínculo é a distância, mas como se trata de uma situação emergencial, migram-se ferramentas do ensino presencial para o on-line em caráter de urgência.
- Ensino a distância (EaD): nesse caso, a metodologia do ensino a distância é pensada desde o início. Assim, não há déficit de aprendizagem ou perda na qualidade: professores e tutores atendem às necessidades dos alunos por meio de ambientes virtuais de ensino e aprendizagem.
- Ensino híbrido: tratam-se das aulas que contam com alguns momentos presenciais e outros a distância. Ambos têm metodologias desenvolvidas de forma específica para o suporte onde serão ofertados.
Tecnologia que complementa o face a face
Bom, agora que você sabe o que é o ensino híbrido, é hora de descobrir como implementá-lo na sua escola. Saiba de que maneira fazer isso a seguir.
1. Infraestrutura
O primeiro passo é adaptar a infraestrutura da escola para que o acesso à internet tenha boa qualidade de sinal. Além disso, os planos de aula devem considerar os recursos físicos da instituição, ou seja, iluminação e som precisam estar adequados à transmissão e gravação do material.
2. Práticas pedagógicas
Em meio à pandemia, é importante pensar em metodologias educacionais específicas para essa realidade, de forma a permitir a interação dos conteúdos estudados nas modalidades dos ensinos tradicional e a distância. Além disso, como não haverá “olho no olho” em todos os momentos, deve-se ter rapidez nos feedbacks e no ajuste das linhas didáticas.
3. Formação profissional
A formação continuada na carreira docente é algo bastante discutido, mas agora as tecnologias digitais precisam fazer parte desse itinerário.
4. Avaliação
Também os métodos avaliativos precisam ser adaptados. Considere adotar critérios multidimensionais, ou seja, que leve em conta todo o processo de engajamento do aluno.
Conheça algumas vantagens do ensino híbrido
Depois da pandemia, será mesmo que há vantagens em manter modos de educação a distância, ainda que mesclados com o presencial? Veja algumas vantagens do ensino híbrido e entenda por que especialistas acreditam que ele veio para ficar.
1. Metodologias focadas no estudante
As aulas do método híbrido fogem da rotina imposta no sistema tradicional de ensino. O aluno se torna coautor do aprendizado, com mais espaço para criar.
2. Qualidade de aprendizagem
Aliás, diferentemente do que crê o senso comum, a educação a distância pode ter muita qualidade. Com métodos adequados, a assimilação de conteúdo pode ser até maior do que quando ocorre com utilização de materiais físicos.
3. Liberdade curricular
A discussão sobre os livros didáticos é clássica na área de ensino. E o ensino híbrido tem um horizonte de mais liberdade de conteúdo: além do material físico, próprio ao ensino presencial, pode-se diversificar as fontes didáticas e incluir elementos audiovisuais e outros próprios da realidade da escola.
Presente e futuro da educação
Enquanto a crise sanitária provocada pela covid-19 não tem previsão de término, o método híbrido se consolida ainda mais. O aluno frequenta a sala de aula no sistema rotativo (pequenos grupos em dias alternados) desenvolvendo a socialização, mas o ensino remoto segue em paralelo, complementando.
Por fim, pode-se prever que o sistema tradicional de ensino, em que o professor era o único agente do conhecimento, deixou de existir. Assim, o modelo híbrido faz parte do presente e do futuro da educação.
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Fonte: Jeduca, Fundação Lemann.