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Todo mundo espera que a pandemia acabe o quanto antes. Mas uma série de transformações trazidas pela política de isolamento social deve permanecer. No campo educacional, um exemplo é o ensino híbrido (ou blended learning), no qual os estudantes devem continuar a ter aulas presenciais e virtuais.
Quer saber mais sobre o assunto? Confira as tendências desse fenômeno e o que revelam os especialistas; assim, é possível estar preparado para orientar as crianças nessa nova etapa!
1. O ensino híbrido se consolidou na pandemia
Diante da pandemia, a transferência das aulas presenciais para o modo remotoon-line não foi exatamente uma opção, mas isso não quer dizer que esse debate tenha começado agora. Há vários anos, especialistas discutem a pertinência de adotar novos modelos e permitir que a tecnologia ofereça um salto de qualidade no ensino.
O pesquisador José Armando Valente, da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), está entre os especialistas que analisam as possíveis interfaces da tecnologia e do ensino a distância muito antes da covid-19.
Para Valente, é interessante pensar na inversão da sala de aula: antes de entrar nesse espaço, os alunos podem adquirir conhecimentos factuais. Assim, ao chegar na escola ou na universidade, é possível investir todo o tempo em “formas mais elevadas do trabalho cognitivo, ou seja, a aplicação, análise, síntese, significação e avaliação desse conhecimento”, comentou o professor em sua pesquisa.
Essa é uma boa oportunidade para usar aquelas tecnologias que já estão presentes na vida das crianças e que são inutilizadas ou até mal vistas, como o celular. “A maioria dos professores está se sentindo desconfortável com o fato de o aluno não estar prestando atenção ao que está sendo exposto”, disse Valente.
Por tantas razões, o que a educação fez diante da pandemia foi dar “um salto no escuro” e transformar em realidade o que já se discutia.
2. As métricas do aprendizado precisam ser revistas
O pedagogo Belmiro Marcos Beloni, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e doutorando em Ensino de Ciência e Tecnologia, concorda com Valente. O ensino híbrido não deve significar a substituição das aulas presenciais pelas remotas. Em vez disso, deve-se ter em mente que ambas as modalidades cumprem papéis diferentes em um mesmo processo de aprendizado.
Beloni afirma também que o estudante deve ser visto como um sujeito integral, e isso altera a maneira como a instituição de ensino se relaciona com o aluno. Mais que boletim, o desafio desse período passa pela qualidade da formação.
“Escola não é somente presença, aprovação, reprovação e calendário. A instituição deve focar em políticas que reforcem o vínculo com o estudante, como aluno, sujeito e cidadão”, ele avaliou.
3. A tecnologia não é “mocinha” nem “vilã”
A norte-americana Julia Fisher, diretora de educação do Clayton Christensen Institute, que atua em políticas educacionais, acredita que o ensino híbrido é o futuro da educação. Por isso, o hábito de avaliar a tecnologia na educação como uma panaceia ou como um monstro a ser combatido deve ficar para trás. “Devemos entender no que a tecnologia é boa e no que é fraca, e implantá-la de acordo”, ela ponderou.
Não importa quais forem as saídas, elas devem ser construídas na prática escolar. Por isso, muito diálogo e disposição de compreensão mútua devem fazer parte do período pós-pandemia, e os pais são indispensáveis nessa tarefa!
Fonte: Educar em Revista, Nova Escola.