Novas tecnologias: pais devem limitar o uso de mídias sociais?

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A internet foi inventada para uso militar, mas logo ganhou relevância no mundo corporativo, assim como na educação, no entretenimento, na cultura e no lazer. Deve-se a ela o dinamismo da informação sobre qualquer assunto relevante do planeta, ou até fora dele, em tempo real.

Hoje, são as mídias sociais que trazem essa enorme quantidade de dados. Mas, dessa interação, surge também a preocupação com os limites saudáveis, sobretudo em relação a crianças, expostas cotidianamente a diversos conteúdos.

Não há dúvida de que as crianças necessitam de acesso à informação, mas é bom não se esquecer de que elas ainda não desenvolveram sua capacidade de julgamento. Afinal, quais conteúdos são úteis ou verdadeiros? Veja algumas sugestões abaixo para protegê-las de armadilhas virtuais.

1. Converse francamente com seus filhos

Diante dos riscos da tecnologia, fortalecer as relações com qualidade é ainda mais importante. (Fonte: Takayuki/Shutterstock)
Diante dos riscos da tecnologia, fortalecer as relações com qualidade é ainda mais importante. (Fonte: Takayuki/Shutterstock/Reprodução)

Falar a verdade é o primeiro passo para fazer a criança entender a sensibilidade da questão. Não se trata de uma proibição taxativa, mas de uma avaliação cautelosa. Faça-a entender isso.

Para isso, adapte seu vocabulário ao da criança. Não use termos técnicos ou complicados que ela ainda não assimilou, seja objetivo e procure ter empatia. Esse é o melhor caminho para a confiança mútua. Assim, estabeleça o que pode e o que não deve ser acessado.

2. Conscientize os pequenos quanto aos riscos

As crianças não demoram a entrar na fase dos porquês. Então, aproveite a curiosidade delas a seu favor. Esclareça sobre o risco de fornecer dados e imagens pessoais ou acessar sites desconhecidos. Relate atividades fraudulentas que tenha conhecimento e instrua que postagens ficam armazenadas permanentemente na internet. Auxilie bloqueando o acesso a conteúdos inapropriados e instale softwares de proteção, como antivírus, pois a criança poderá acessar alguma página sem querer.

E claro: além de orientar, dê o exemplo. Dificilmente ele cumprirá o combinado se observar que não há qualquer observância de sua parte quanto à interação virtual. Exemplo é sempre o melhor caminho para a educação.

3. Defina horários e condições de acesso

Até os 10 anos, é recomendado que as crianças não façam uso de tecnologias digitais sem supervisão. (Fonte: Alexxndr/Shutterstock)
Até os 10 anos, é recomendado que as crianças não façam uso de tecnologias digitais sem supervisão. (Fonte: Alexxndr/Shutterstock/Reprodução)

Combine horário e limite de tempo diário para navegar na web. Isso auxilia o controle e a disciplina de seu filho. Até os 10 anos de idade, não é recomendado que a criança utilize mídias como computadores ou smartphones em áreas restritas, por exemplo o quarto delas. O ideal é que a interação ocorra em áreas comuns. Dessa forma, os responsáveis podem identificar com mais facilidade algum indício de contato anormal.

Aqui valem aquelas regras de ouro: sempre que possível, reserve à criança ao menos 1 hora por dia para atividades físicas e 8 horas de sono. Isso estimula a criança a se entreter ativamente com outros estímulos ambientais, como bonecas, carrinhos e playground, e colabora para as saúdes física e mental dela.

4. Estabeleça senha para os aplicativos

Para crianças e adolescentes com idade inferior a 14 anos, é importante que você tenha acesso à senha dos smartphones e aplicativos. Assim, você pode observar o histórico de acessos, mas é importante comunicar que você acompanhará as atividades virtuais. Não monitore sem que seu filho saiba, isso é quebra de confiança.

Acima de 14 anos, será necessário avaliar se o monitoramento deve ocorrer. Cada caso é um caso, pois muitos adolescentes nessa etapa já conseguem fazer boa avaliação do que é apropriado ou não. 

É importante considerar que monitoramento de mídias sociais é medida paliativa, pois o mais eficaz com as crianças é acolhê-las em um ambiente de afeto e confiança mútua. Permita sempre o diálogo franco para que possam expressar suas dúvidas ou queixas, além de poderem relatar qualquer problema mais grave. 

Fonte: Veja, Educador Brasil Escola, Childfund.

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