Em um mercado global altamente competitivo, um mestrado no exterior pode ser uma ótima chance de se diferenciar frente a outros candidatos, mas o estudante que deseja realizar o curso em outro país deve avaliar com cuidado algumas questões, como forma de ingresso, reconhecimento do diploma no Brasil, possibilidades de bolsa e os custos de se manter lá fora.
O interessado também precisa ficar atento ao ensino da faculdade estrangeira. Nem sempre ela tem programas com qualidade acima do padrão brasileiro. Muitas instituições de Ensino Superior no Brasil gozam de prestígio internacional e podem, inclusive, oferecer melhores oportunidades.
Mas é claro que o mestrado no exterior tem como vantagem a possibilidade de contato com campos de estudos que ainda não são abordados em nosso país, bem como o desenvolvimento de um idioma estrangeiro e a experiência com vivência internacional – o que é um diferencial valorizado por muitas grandes empresas.
O que avaliar antes de escolher um mestrado no exterior?
A decisão de realizar um mestrado no exterior deve ser guiada, principalmente, pela estratégia de carreira e por uma ampla reflexão sobre as oportunidades. A principal vantagem é a possibilidade de conhecer culturas e métodos de trabalho novos. Os retornos desse investimento costumam vir a médio e longo prazos.
Os custos estão entre as principais preocupações, mas a escolha precisa considerar critérios além dos financeiros. Mesmo sem ter dinheiro para estudar fora, é possível realizar o sonho por meio de bolsas de estudo ou subsídios oferecidos por governos e, até mesmo, incentivos realizados por algumas empresas multinacionais.
Um diploma estrangeiro não significa, automaticamente, uma melhor remuneração, posição profissional ou empregabilidade. É importante se perguntar se os melhores programas de pós-graduação em sua área estão realmente fora do Brasil e ter planos sobre o que fazer após a obtenção do título de mestre.
Caso o aluno trabalhe ou deseje trabalhar em uma companhia estrangeira, conhecer a língua, a cultura e os modelos gerenciais do país de origem dela é uma ótima estratégia para começar uma carreira internacional.
Como ingressar em uma instituição estrangeira?
O interessado em cursar mestrado fora do Brasil pode realizar a matrícula diretamente em uma universidade estrangeira ou ainda estudar por meio de um convênio com uma instituição de Ensino Superior brasileira. Caso a opção seja o ingresso direto em uma universidade estrangeira, é necessário passar por um processo de seleção, que costuma exigir:
- carta de recomendação;
- carta de motivação;
- histórico escolar;
- pesquisas e projetos produzidos durante a graduação;
- redações sobre experiências de vida;
- fluência no idioma local ou em inglês, comprovado por exames de proficiência;
- currículo profissional e acadêmico;
- passaporte e visto de estudante.
Outros documentos podem ser solicitados, especialmente se o pretendente a uma vaga no mestrado deseja uma bolsa de estudos em uma instituição estrangeira.
Intercâmbio e dupla titulação
O estudante também pode se matricular em uma universidade brasileira que tenha convênios bilaterais de cooperação institucional internacional. Dessa forma, o aluno pode contar com a assistência de uma instituição no Brasil que facilite o ingresso em um curso lá fora.
Alguns programas, inclusive, permitem a dupla titulação nos dois cursos de pós-graduação e uma orientação conjunta entre professores brasileiros e estrangeiros.
O que preparar antes de partir para o exterior?
Antes de embarcar para o mestrado no exterior, é importante aprimorar o idioma e organizar tanto as finanças pessoais quanto a documentação exigida pela instituição e pelo governo estrangeiro. O ideal é que o preparo comece, pelo menos, um ano antes da data de início das aulas.
Além de cursar o mestrado, é bom planejar uma vida fora da universidade, considerando alimentação, hospedagem e, claro, momentos para ser um turista e conhecer a história e a cultura do país.
Alguns programas de mestrado possibilitam um visto internacional que autoriza, além de estudar, trabalhar. Muitas vezes, os empregos estão disponíveis na própria faculdade, como monitor de laboratórios ou bibliotecas.
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Fonte: Quero Bolsa, Revista Exame, Eurodicas, Mackenzie.